sábado, 4 de maio de 2013

POR QUÊ TANTO ÓDIO ??? !





 Fico-me perguntando o porque de tanto ÓDIO que está se espalhando pelo Brasil contra o PT, o Lula, a Dilma,o  Zé Dirceu, o Genoíno e outros tantos.  Qual é a CAUSA DISTO??? Vamos refletir um pouco a respeito do assunto. O PT ganhou eleições de uma Forma Democrática: PELO VOTO! E por quê este ÓDIO contra o resultado das eleições.? Porque Lula é Nordestino.? Porque não faz o jogo dos Banqueiros e da Mídia.? Quem instila esse ÓDIO?  Ele não surgiu GRATUITAMENTE. De alguma forma este processo de ÓDIO começou. Como surgiu? Quem propala?  Este final-de-semana o Estadão e a Época MANDARAM a DILMA CALAR A BOCA!!! Literalmente.Lembro-me da época do Getúlio Vargas.Queriam MATÁ-LO,queriam LINCHÁ-LO,queriam TIRÁ-LO de qualquer jeito da Presidência do Brasil. Faziam Campanha para DESTRUIR Getúlio Vargas,o Grande Estadista Brasileiro(leia Bresser Pereira-FGV) eleito pelo VOTO POPULAR. Getúlio se matou sobre forte pressão de Grupos Vendilhões do Brasil,da Mídia Corrupta e de Deputados(como Carlos Lacerda) e senadores. Parece-me que estão tentando fazer o mesmo,nos dias atuais.Só que ,HOJE em dia,existe uma pequena GRANDE diferença: A INTERNET!!! Os BLOGS,TWITTERS,Facebook mostram mais rapidamente certos CONLUIOS MIDIÁTICOS e POLÍTICOS. Quem IMPLANTOU este ÓDIO contra o PT-LULA-DILMA e outros?  Foi a MÍDIA,capitaneada pela GLOBO e Veja,além do PSDB que não se conforma em PERDER ELEIÇÕES. Só escutamos MENTIRAS e mais MENTIRAS MIDIÁTICAS e de políticos. Até quando? Querem que o LULA se mate como Getúlio fez???  E ainda faço um prognóstico. Se o PSDB perder as eleições de 2014,será dado um GOLPE na Democracia,através do Supremo Tribunal Federal. Os EUA,a CASA GRANDE(White HOUSE),dará ordens aos CAPITÃES-DE-MATO no Brasil para caçarem os Petistas,sobretudo Lula. Vai ser um pega-prá-capá.Que tal começarmos a DISCUTIR POLÍTICA sem ÓDIO,sem RANCOR,apenas discutindo ARGUMENTOS SÓLIDOS e,principalmente,o que QUEREMOS para o NOSSO BRASIL??? Por quê não começarmos AGORA? Vamos deixar o ÓDIO SEM RAZÃO de lado. O BRASIL precisa de caminhos sólidos e não ÓDIO.  Fiquem na paz!
 
 Enviado por Chico Chicão
 
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Dilma quer urgência na garantia dos royalties do petróleo para a educação


Projeto enviado pelo governo ao Congresso Nacional determina destinação integral das receitas de União, estados e municípios e 50% do fundo social do pré-sal


Dilma quer urgência na garantia dos royalties do petróleo para a educação
O aumento dos investimentos em educação infantil é uma das prioridades do projeto enviado pelo governo ao Congresso Nacional (Foto: Tânia Rêgo / Abr)
Rio de Janeiro – Prioridade política para a presidenta Dilma Roussef, a proposta de destinação da totalidade dos recursos provenientes dos royalties do petróleo à educação avança no Congresso Nacional. O Palácio do Planalto enviou ontem (2) à Câmara dos Deputados, em regime de urgência constitucional, o Projeto de Lei nº 5500, que determina que “serão destinados exclusivamente para a educação as receitas da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, provenientes dos royalties e da participação especial relativas aos contratos celebrados a partir de 3 de dezembro de 2012”.
A determinação, segundo o PL, vale para contratos celebrados “sob os regimes de concessão e de partilha de produção, de que tratam respectivamente as leis nº 9.478, de 6 de agosto de 1997, e nº 12.351, de 22 de dezembro de 2010, quando a lavra ocorrer na plataforma continental, no mar territorial ou na zona econômica exclusiva”. A proposta enviada pelo Executivo determina ainda que sejam destinados à educação “cinqüenta por cento dos recursos resultantes do retorno sobre o capital do Fundo Social, previsto no art. 47 da Lei nº 12.351, de 2010”. O PL determina ainda que “os recursos destinados para a educação serão aplicados em acréscimo ao mínimo obrigatório previsto no Art. 212 da Constituição Federal”.
De acordo com a lei, o Fundo Social é alimentado pelos recursos integrais dos royalties e da participação especial destinados à União, provenientes dos contratos celebrados sob os regimes de concessão e de cessão onerosa “quando oriundos da produção realizada no horizonte geológico denominado pré-sal”. Já as receitas da União provenientes dos royalties dos contratos celebrados sob o regime de partilha de produção, segundo a lei, não serão destinadas ao Fundo Social.
Ao submeterem o conteúdo do projeto de lei à presidenta Dilma, antes do envio ao Congresso, os ministros Aloizio Mercadante (Educação) e Edison Lobão (Minas e Energia) assinaram um memorando no qual afirmam que a proposta “tem por objetivo, exatamente, destinar recursos para a educação, a fim de cumprir as metas, presentes e futuras, estipuladas na área educacional”.
Segundo os dois ministros, “a proposta é investir as receitas provenientes dos royalties e das participações especiais sobre a produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos no incremento da educação, que, com o advento da Emenda Constitucional nº 59, de 2009, tornou-se obrigatória dos quatro aos dezessete anos de idade”. Na educação infantil, diz o memorando, “faz-se necessário o aumento dos recursos para uma expansão da pré-escola, já que, aproximadamente, 22% das crianças entre quatro e cinco anos ainda não são atendidas plenamente”. Outro “grande desafio” do governo, lembram os ministros, é “aumentar o número de creches”.

Urgência

O pedido de urgência no trâmite do PL também é salientado por Mercadante e Lobão: “Cumpre destacar a urgência na aprovação desta proposição legislativa, tendo em vista a premente necessidade de reforçar os vários programas e projetos para desenvolvimento da educação, uma vez que a Emenda Constitucional no 59, de 2009, trouxe um grande desafio para o Estado brasileiro, ao estender a obrigatoriedade do ensino para todos os níveis da educação básica. Daí a conveniência de se solicitar ao Congresso Nacional, nos termos do art. 64, § 1o, da Constituição Federal, a urgência na apreciação do projeto”, diz o memorando.
De acordo com o regime de urgência constitucional, o Projeto de Lei deverá ser votado em um prazo máximo de 45 dias na Câmara dos Deputados e de mais 45 dias no Senado Federal. Após esse período, o projeto passa a trancar a pauta da casa em que estiver tramitando, o que impedirá a votação de qualquer outra proposta.
Em seu pronunciamento veiculado em cadeia nacional de rádio e televisão no Dia do Trabalho (1º), Dilma afirmou que o governo “vai privilegiar como nunca o instrumento que mais amplia o emprego e o salário: a educação”. Para isso, disse a presidenta, várias medidas estão sendo executadas e outras estão em discussão: “A mais decisiva delas é a que determina que todos os royalties, participações especiais do petróleo e recursos do pré-sal sejam usados, exclusivamente, na educação”.

Joaquim Barbosa diz que mídia brasileira é parecida com ele


Joaquim Barbosa vê ausência de pluralismo na mídia brasileira
João Brant - Observatório do Direito à Comunicação


Em discurso no evento de comemoração do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, realizado pela Unesco, na Costa Rica, no dia 3 de maio, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, afirmou que a mídia brasileira é afetada pela ausência de pluralismo. Ressaltando que neste ponto falava como acadêmico, e não como presidente do STF, ele avaliou que esta característica pode ser percebida especialmente pela ausência de negros nos meios de comunicação e pela pouca diversidade política e ideológica da mídia.

Antes de encerrar, porém, Barbosa fez questão de ressaltar que não estaria sendo sincero se não destacasse os problemas que via na mídia brasileira. Falando da ausência de diversidade racial, o ministro lembrou que embora pretos e mulatos correspondam à metade da população, é muito rara sua presença nos estúdios de televisão e nas posições de poder e liderança na maioria das emissoras. “Eles raramente são chamados para expressar suas posições e sua expertise, e de forma geral são tratados de forma estereotipada”, afirmou o ministro.


Avaliando a ausência de diversidade político-ideológica, Barbosa lembrou que há apenas três jornais de circulação nacional, “todos eles com tendência ao pensamento de direita”. Para ele, a ausência de pluralismo é uma ameaça ao direito das minorias. Barbosa finalizou suas observações sobre os problemas do sistema de comunicação destacando o problema da violência contra jornalistas. “Só neste ano foram assassinados quatro profissionais, todos eles trabalhando para pequenos veículos. Os casos de assassinatos são quase todos ligados a denúncias de corrupção ou de tráfico de drogas em âmbito local, e representam grave violação de direitos humanos”.


Em resposta a questionamentos do público, Barbosa lembrou um dos motivos da impunidade nos crimes contra a liberdade de imprensa é a disfuncionalidade do sistema judicial brasileira, que tem quatro níveis e “infinitas possibilidades de apelo”. Além disto, a justiça brasileira tem, na perspectivas de Barbosa, sistemas de proteção aos poderosos, que influenciam diretamente os juízes. “A justiça condena pobres e pretos, gente sem conexão. As pessoas são tratadas de forma diferente de acordo com seu status, cor de pele ou poder econômico”, concluiu Barbosa.

Essa é uma prova de que JB sabe do que fala: ministro do STF recebe homenagem de réu


Leia mais em: Blog Sujo

As ondas conservadoras em curso no Brasil


André Singer sugere que vivemos três ondas conservadoras. Uma delas, um repique tardio do neoliberalismo na cultura, quebrando a  hegemonia cultural da esquerda que nasce nos anos 1960 e só agora começa a ser quebrada. Interessante porque explica o "case Lobão" (não é o único) e a virada nas igrejas cristãs.
A segunda onda, que ele denomina de onda de médio prazo, é a reação da classe média tradicional à melhoria de condições de vida e consumo das classes sociais menos abastadas. Singer faz até mesmo um paralelo com a reação da classe média nos anos 1960, como a marcha pela família etc. Onda que não se expressa nos partidos porque não teria chance eleitoral.
A última onda se localizaria numa fração dos segmentos sociais que ascenderam recentemente. Esta fração significaria uma "mudança de lado", uma espécie de tentativa de romper com seu passado recente (sua ascensão, portanto, seria fruto de um esforço pessoal, individual, e não coletivo). Algo que se aproxima do "fascismo societal" sugerido por Boaventura Santos.
É possível.
Mas ainda acredito que exista, de fato, uma onda conservadora difusa, mas evidentemente majoritária, que envolve grande parte do que a FGV-RJ denomina de Classe C. Os dados são claros, a partir das pesquisas mais recentes. Se há frações em relação a este conservadorismo não são tão pertinentes em relação à estas classes subalternas, mas delas com a tradicional classe média. Mas a discussão é interessante e urgente.
rudaricci

GASTOS COM VIAGEM DE JOAQUIM BARBOSA NÃO INCOMODAM A IMPRENSA BRASILEIRA


TUDO SE PRESTA A ESSE FIM


Quando a presidente Dilma foi até ROMA VER O PAPA FRANCISCO I ser "entronizado", a imprensa brasileira caiu de "pau". Usar o avião presidencial não pode, levar ministros também não pode, ficar hospedada em hotel e não na Embaixada foi ato condenado pela nossa Mídia.

Pois bem, Barbosa foi em avião da FAB (gasta querosene da mesma forma), levou assessores e ainda um monte de jornalistas, para é claro, garantir os holofotes. Quanto custou tudo isso ?Alguém vai criticar ? Proporcionalmente ao evento e importância para a diplomacia e o país, esta viagem de Barbosa foi mais cara sem sombra de dúvida. Se ele gasta assim, como nunca outro presidente do STF gastou para se promover, imagina ele sendo presidente da República.

Do Site 247- 
Presidente do STF viaja à Costa Rica, leva um séquito de jornalistas e avisa que recursos impetrados pelos 25 condenados na Ação Penal 470 não conseguirão mudar sentenças; "Embargos podem não sobreviver", decretou; lá, ele também condenou o racismo no Brasil e disse que a imprensa brasileira é de direita; com suas posições, ele atropela os demais colegas do STF e se coloca, mais uma vez, como paladino da Justiça; parecia não só um juiz em campanha para encerrar o julgamento, mas também um presidenciável em ação.

Joaquim Barbosa chegou à América Central na quinta em um avião da Força Aérea Brasileira, que também levou assessores e jornalistas de veículos brasileiros. Ao desembarcar, foi recebido pela embaixadora do Brasil na Costa Rica, Maria Dulce Silva Barros. O ministro, porém, recusou o convite para uma recepção feito pela presidente da Costa Rica, Laura Chinchilla. Segundo sua assessoria, preferiu ficar no hotel para terminar o discurso desta sexta-feira.


Gilmar Mendes assume o comando da “nova oposição”


ABr300413001521 Gilmar Mendes assume o comando da nova oposição


Já que as pesquisas e as urnas não têm sido generosas com as velhas siglas para apear o PT do poder, começa-se a armar uma "nova oposição" extrapartidária.
É verdade que o esquema pouco tem de novo, já que há tempos vem atuando de forma organizada este aparato jurídico-midiático-financeiro armado pelos antigos donos  do poder, mas agora já nem se procura disfarçar mais o que antes se tramava no aconchego dos gabinetes fechados e nas colunas dos seus porta-vozes. Nova é apenas a ousadia dos seus mentores e o surrealismo da situação.
E  quem surge como comandante em chefe deste movimento que agora faz questão de mostrar a sua cara e a sua força? É um ministro do Supremo Tribunal Federal, o ex-advogado-geral  da União Gilmar Mendes, nomeado para o cargo pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que se notabilizou por dar dois "habeas-corpus" a Daniel Dantas e a permitir a  fuga do médico Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos de prisão por ter estuprado 58 mulheres..
Depois de passar alguns meses longe dos holofotes e das manchetes, ofuscado pelo protagonismo do relator Joaquim Barbosa e do procurador-geral Roberto Gurgel no julgamento do mensalão, eis que Mendes volta solenemente à ribalta como o novo manda-chuva da República, mesmo sem ter conquistado nenhum voto.
Nenhuma imagem dos últimos dias agitados em Brasília envolvendo membros dos três poderes foi mais emblemática do que aquela em que Gilmar Mendes aparece sorrindo à cabeceira da mesa para receber o aplauso de dez senadores em apoio à sua liminar de suspender no Congresso a tramitação do projeto que restringe a criação de novos partidos. Entre eles, estavam os senadores Rodrigo Rollemberg, de Brasília, o autor do pedido de liminar que organizou a visita, e Antonio Carlos Valadares, de Sergipe, ambos do PSB,  partido de Eduardo Campos, que teoricamente ainda faz parte da base aliada do governo.
A palavra de ordem que une a todos é uma só: permitir a criação do maior número possível de partidos para evitar que a eleição seja decidida já no primeiro turno, como apontam as pesquisas.
Na véspera, o novo líder honorário da oposição, que chefiava no governo do PSDB a bancada pró-FHC no STF,  já havia recebido em sua casa os presidentes da Câmara, Henrique Alves, e do Senado, Renan Calheiros, que foram discutir com ele iniciativas do Congresso Nacional sobre a limitação de poderes do Ministério Público e do Judiciário, que desagradaram a alguns membros do STF,  além da questão dos novos partidos.
Uma das poucas vozes destoantes na grande imprensa, Janio de Freitas, colunista da "Folha", registra que, após o beija-mão, Henrique Alves "expôs a atitude contrária à Constituição, ao Estado de Direito e à democracia do grupo de senadores que foi aplaudir, em pessoa, a interferência com que Gilmar Mendes, em nome do Supremo Tribunal Federal, sustou a tramitação do projeto a meio do caminho".
Enquanto a liminar de Mendes não tem prazo para ser julgada pelo plenário do STF, estão em formação no país, que já tem 30 siglas, outros 27 partidos, além da Rede, de Marina Silva, e do Solidariedade, do deputado Paulinho da Força (PDT-SP), o líder surfista político- sindical, que está sempre em busca de uma boa onda.
O colega Ilimar Franco revela em sua coluna de "O Globo" que "há partidos para todos os gostos" e cita alguns deles: PSPB (Partido dos Servidores Públicos e dos Trabalhadores da Iniciativa Privada), dois PMBs, um para as Mulheres do Brasil e outro para os Militares do Brasil e o singelo PN, "cuja sigla quer dizer, simplesmente, Partido Novo". Só está faltando um agora para velhos, barrigudos e carecas...
Nesta verdadeira festa do caqui em que se transformou o sistema partidário brasileiro,  o senador Aécio Neves, principal líder da oposição oficial, aproveitou o 1º de Maio para subir no palanque do aliado Paulinho da Força, que também ainda faz parte da base aliada, para atacar o governo da presidente Dilma Rousseff. Em clima de campanha, Aécio finalmente encontrou um discurso: "Não podemos permitir que o fantasma da inflação volte a rondar a mesa do trabalhador".
Contra a inflação, Paulinho da Força chegou a propor a volta do gatilho salarial a cada três meses, um instrumento letal para a economia usado nos tempos da hiperinflação do governo Sarney, mas nem Aécio quis embarcar nessa canoa furada "Várias propostas vão surgir, inclusive essa da Força, que não é a minha".
Qual é a dele, Aécio não disse, mas o ministro Gilberto Carvalho,  da Secretaria Geral, que representou a presidente Dilma Rousseff no evento, respondeu a Aécio e Paulinho. "Não é verdade que a inflação vai subir. Ela teve, sim, um pico nos últimos meses. Agora, começou a cair. A presidente Dilma zela como uma leoa em defesa dos trabalhadores para que a inflação não coma os nossos salários".
À noite, em pronunciamento no rádio e na televisão, a presidente Dilma exaltou as conquistas trabalhistas  dos governos do PT, lembrando os 19,3 milhões de empregos formais que foram criados nos últimos dez anos. Sobre o combate  à inflação, Dilma garantiu: "Esta é uma luta constante, imutável, permanente. Não abandonaremos jamais os pilares da nossa política econômica, que tem por base o crescimento sustentado e a estabilidade.
Gilmar Mendes não se manifestou sobre o 1º de Maio.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Descoberto gene vinculado à enxaqueca



Renata Giraldi, Agência Brasil

“Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em São Francisco (Estados Unidos), descobriram o primeiro gene cuja mutação está associada à forma mais comum de enxaqueca. A descoberta pode abrir o caminho para uma compreensão da doença de causas desconhecidas, segundo estudo publicado nos Estados Unidos.              
Louis Ptacek, professor de neurologia da universidade, um dos principais autores da pesquisa, disse que este é o primeiro gene descoberto no qual uma mutação está relacionada à forma mais comum de enxaqueca. "Isso lança a primeira luz sobre uma doença que ainda não entendemos. Mas só um número muito pequeno de pacientes com enxaqueca tem esse gene mutante", acrescentou.
            
Segundo especialistas, a enxaqueca afeta de 10% a 20% da população e causa perdas de produtividade. Os sintomas da doença são forte dor de cabeça e hipersensibilidade ao som, ao tato e à luz.
Os resultados da pesquisa estarão na revista norte-americana Science Translational Medicine. Os pesquisadores fizeram um estudo genético com duas famílias em que a enxaqueca é comum. Eles descobriram que a maioria das pessoas que têm o distúrbio é portadora do gene mutante ou filha de pais que tinham esse gene.
            
No laboratório, os autores do estudo descobriram que a mutação do gene CKIdelta afetava a produção de uma proteína chamada quinase CK2, que desempenha importante papel em muitas funções vitais no cérebro e no resto do corpo. "Isso indica que a mutação genética tem consequências bioquímicas reais", disse Ptacek.”

MENTIRÃO DA AP470 - Chamado Mensalão: 47 documentos NÃO FORAM ANALISADOS pelo STF



Mensalão: 47 documentos NÃO FORAM ANALISADOS p/STF
Há grave omissão no acórdão quando fica demonstrado, pelos seus próprios fundamentos, que não foram analisados nenhum dos 47 (quarenta e sete) documentos constantes da própria AP 470.
É ESTRANHO ... MUITO ESTRANHO
Esses 47 documentos são pastas, volumes e apensos (com diversos Laudos, perícias, comprovantes e ect), FUNDAMENTAIS PARA ELUCIDAR TODO O PROCESSO, oriundos de investigações da Polícia Federal, de requerimentos de documentação, contrato e/ou regulamento, feitos pelo Procurador Geral da República, para o Banco do Brasil e Visanet com o pleno conhecimento do relator, o ministro Joaquim Barbosa.
ENTENDA OS MOTIVOS DE NOSSA ESTRANHEZA
Nos 47 (quarenta e sete) documentos NÃO ANALISADOS, estão as comprovações de que:
  • montante de R$ 74.000.000,00 PERTENCIAM EXCLUSIVAMENTE a empresa privada Visanet;
  • o montante de R$ 74.000.000,00 JAMAIS PERTENCERAM ao Banco do Brasil;
  • fica evidente que o montante de R$ 74.000.000,00 NUNCA FOI “recurso público”;
  • NÃO foi o petista Henrique Pizzolato que determinou à Visanet pagar a empresa DNA esses R$ 74.000.000,00;
  • Não existe identificação de qualquer ATO DE OFÍCIO de responsabilidade do petista Pizzolato que sustente a condenação a ele imposta;
  • Está devidamente identificado que era outra diretoria do BB (e não a diretoria de marketing) que mantinha relação com a Visanet. A título de ESCLARECIMENTO político, informamos que essa outra diretoria se chamava “Diretoria de Varejo” e era composta de funcionários nomeados na gestão FHC;
  • a natureza jurídica das Notas Técnicas do BB eram apenas a de transferir informações internas;
  • existia um funcionário do BB nomeado p/ ser o GESTOR do Fundo Visanet e esse funcionário era da Diretoria de Varejo e também foi nomeado na gestão FHC;
  • somente este GESTOR (nomeado na gestão FHC) tinha a condição Legal de determinar que a empresa privada Visanet transferisse seus recursos privados p/ a empresa DNA, como de FATO ocorreu;
  • o “bônus de volume” (o já conhecido BV), era decorrente de uma relação PRIVADA, tanto no caso do BB como na questão da Câmara dos Deputados;
  • não tinha o BB qualquer acesso a documentação referente ao BV, pois como dito acima, tratava-se de relação PRIVADA, tendo inclusive TODAS as agências de publicidade SE NEGADO a submeter seus contratos PRIVADOS - referente ao BV - amparadas que estavam por Lei específica;
  • NÃO HOUVE qualquer desvio de recurso, pois há farta documentação comprovando que as campanhas publicitárias do cartão Ourocard/Visa, envolvendo recursos do Fundo Visanet foram realizadas.

GLOBO E A FARRA PARTIDÁRIA: DECISÃO DE GILMAR ESTIMULA CRIAÇÃO DE 38 PARTIDOS




Além das atuais 27 legendas partidárias, quase 40 novas agremiações podem ser criadas na esteira da barração do projeto de lei que desincentiva o surgimento de partidos; cada um deles terá direito a tempo na televisão e recursos públicos do fundo partidário; para grupelhos como PEC, PN, PSPB, PMN e até Arena promete ser uma farra; liminar de Gilmar Mendes, a prevalecer, influi diretamente na eleição de 2014, facilitando um segundo turno de negociações pesadas desde a primeira volta; ter 65 partidos é bom para a democracia brasileira?

Ministro, está nas suas mãos, com esta decisão, o destino da eleição de 2014.
Entre as muitas conversas com políticos que costuma e gosta de ter em Brasília, o juiz Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal, ouviu o alerta acima de um interlocutor vinte e quatro horas antes de conceder liminar solicitada pelo senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF). Com a decisão, o magistrado provocou a suspensão da tramitação, no Congresso, do projeto de lei que, na prática, desincentiva a criação de novos partidos políticos.
A prevalecer no plenário do STF, onde poderá ser ratificada, a decisão de Gilmar Mendes abriu a porteira para que o Brasil passe a ter, em breve, não mais os 27 partidos de atualmente – mas 65!
Cada um deles com tempo proporcional ao número de deputados filiados para efeito de ocupação de redes de televisão e rádio. Cada um deles com direito a recursos do fundo partidário, formado com o  dinheiro público. Cada um deles apto a transacionar suas legendas no mercado de alianças e coligações aberto a cada eleição.
Além dos velhos conhecidos PT, PSDB, PMDB, DEM, PDT, PC do B, PR e mais outros 20 partidos, poderão vir a público o Rede Sustentabilidade, liderado por Marina Silva, o Mobilização Democrática, do deputado Roberto Freire, o Solidariedade, capitaneado pelo sindicalista Paulo Pereira da Silva e uma série de outras siglas. Juntas, elas fariam mais rica qualquer sopa de letrinhas: PLB, o Partido Liberal Brasileiro que já pediu registro no Tribunal Superior Eleitoral, e os embrionários, entre outros, PSPB (Partido dos Servidores Públicos e da Iniciativa Privada), PMB (Partido dos Militares do Brasil), PMB-II (Partido das Mulheres do Brasil), PEC (Partido Ecológico Cristão), PN (Partido Novo) e até a carcomida base de sustentação do regime militar querendo voltar à tona, sim, a Arena (Aliança Renovadora Nacional).
No total, o Brasil poderá ter, repita-se, 65 partidos nos próximos meses.
Os presidentes da Câmara, Henrique Alves, e do Senado, Renan Calheiros, explicaram ao ministro Gilmar, em conversa institucional, na semana passada, o estrago que a liminar, a prevalecer no plenário do Supremo, poderá causar para a democracia brasileira. Ao lado de partidos com algum corte ideológico, dezenas de outros surgiriam com objetivos inconfessáveis de negociação política rasteira.
Alves e Renan insistiram no ponto, segundo apurou 247, de que o carregamento do tempo de televisão para os novos partidos, pelo critério de quantidade de deputados federais arregimentados, acabaria de vez com o sempre abalado conceito da fidelidade partidária. A partir da liminar, sempre que um parlamentar se mover de partido, pode arrastar para seu novo endereço o tempo de televisão proporcional ao seu mandato. Fica tudo como está hoje, como foi sempre. Uma fórmula que criou a salada partidária brasileira.
- O tempo de televisão, sem um projeto de lei que mude isso, na prática não mais dos partidos, mas se tornou propriedade individual de cada um dos parlamentares, explica um assessor da cúpula do Congresso.
O projeto de lei do deputado Edinho Araújo (PMDB-SP), cuja tramitação foi barrada pela liminar concedida por Gilmar, tem a intenção, segundo o autor, de colocar um ponto final nessa farra. À medida em que prejudicou interesses de peixes graúdos da política, como Marina, Freire, Paulinho e, também, o ex-governador José Serra, porém, obteve contra si a má vontade da mídia tradicional. Limitar a criação de partidos que são verdadeiras legendas de aluguel, no entanto, sempre foi quase um consenso na sociedade brasileira.
O que não ficou claro, na defesa que se fez da liminar de Gilmar e dos ataques sofridos pelo projeto de Edinho, é que, após a passagem dos maiorais, os bagrinhos também irão entrar para o que promete ser uma verdadeira festa de negociações políticas com vistas às eleições de 2014 imprópria para inocentes. Isso é mesmo o que a democracia brasileira precisa neste momento?

terça-feira, 30 de abril de 2013

50 verdades sobre as sanções econômicas dos Estados Unidos contra Cuba


O estado de sítio econômico mais extenso da história voltou a atrair holofotes após a visita de Beyoncé à ilha

A visita da estrela estadunidense da música Beyoncé e de seu marido Jay-z à Havana voltou a levantar polêmica sobre a manutenção das sanções contra Cuba, em vigor há mais de meio século. Eis aqui alguns dados sobre o mais extenso estado de sítio econômico da história.

1) A administração republicada de Dwight D. Eisenhower impôs as primeiras sanções econômicas contra Cuba em 1960, oficialmente por causa do processo de nacionalizações que o governo revolucionário de Fidel Castro empreendeu.


2) Em1962, o governo democrata de John F. Kennedy aplicou sanções econômicas totais contra a ilha.


3) O impacto foi terrível. Os Estados Unidos sempre constituíram o mercado natural de Cuba. Em 1959, 73% das exportações eram feitas para o vizinho do norte e 70% das importações precediam deste território.


4) Agora, Cuba não pode exportar nem importar nada dos Estados Unidos. Desde 2000, depois das pressões do lobby agrícola estadunidense que buscava novos mercados para seus excedentes, a cidade de Havana está autorizada a importar algumas matérias-primas alimentícias, com condições draconianas.


5) A retórica diplomática para justificar o endurecimento deste estado de sítio econômico evoluiu com o tempo. Entre 1969 e 1990, os Estados Unidos evocaram o primeiro caso de expropriações de suas empresas para justificar sua política hostil contra Havana. Em seguida, Washington evocou sucessivamente a aliança com a União Soviética, o apoio às guerrilhas latino-americanas na luta contra as ditaduras militares e a intervenção cubana na África para ajudar as antigas colônias portuguesas a conseguir sua independência e a defendê-la.


6) Em 1991, depois do desmoronamento do bloco soviético, em vez de normalizar as relações com Cuba, os Estados Unidos decidiram reforçar as sanções invocando a necessidade de reestabelecer a democracia e o respeito aos direitos humanos.


7) Em 1992, sob a administração de Bush pai, o Congresso dos Estados Unidos adotou a lei Torricelli, que recrudesce as sanções contra a população cubana e lhes dá um caráter extraterritorial, isto é, contrário à legislação internacional.


8) O direito internacional proíbe toda lei nacional de ser extraterritorial, isto é, de ser aplicada além das fronteiras do país. Assim, a lei francesa não pode ser aplicada na Alemanha. A legislação brasileira não pode ser aplicada na Argentina. Não obstante, a lei Torricelli é aplicada em todos os países do mundo.


9) Assim, desde 1992, todo barco estrangeiro – qualquer que seja sua procedência – que entre em um porto cubano, se vê proibido de entrar nos Estados Unidos durante seis meses.


10) As empresas marítimas que operam na região privilegiam o comércio com os Estados Unidos, primeiro mercado mundial. Cuba, que depende essencialmente do transporte marítimo por sua insularidade, tem de pagar um preço muito superior ao do mercado para convencer as transportadoras internacionais a fornecer mercadoria à ilha.



11) A lei Torricelli prevê também sanções aos países que brindam assistência a Cuba. Assim, se a França ou o Brasil outorgarem uma ajuda de 100 milhões de dólares à ilha, os Estados Unidos cortam o mesmo montante de sua ajuda a essas nações.

12) Em 1996, a administração Clinton adotou a lei Helms-Burton que é ao mesmo tempo extraterritorial e retroativa, isto é, se aplica sobre feitos ocorridos antes da adoção da legislação, o que é contrário ao direito internacional.


13) O direito internacional proíbe toda legislação de ter caráter retroativo. Por exemplo, na França, desde 1º de janeiro de 2008, está proibido fumar nos restaurantes. Não obstante, um fumador que tivesse consumido um cigarro no dia 31 de dezembro de 2007 durante um jantar não pode ser multado por isso, já que a lei não pode ser retroativa.


14) A lei Helms-Burton sanciona toda empresa estrangeira que se instalou em propriedades nacionalizadas pertencentes a pessoas que, no momento da estatização, dispunham de nacionalidade cubana, violando o direito internacional.


15) A lei Helms-Burton viola também o direito estadunidense que estipula que as demandas judiciais nos tribunais somente são possíveis se a pessoa afetada por um processo de nacionalizações era um cidadão estadunidense quando ocorreu a expropriação e que esta tenha violado o direito internacional público. Veja só, nenhum destes requisitos são cumpridos.


16) A lei Helms-Burton tem como efeito dissuadir numerosos investidores de se instalarem em Cuba por temer represálias por parte da justiça estadunidense e é muito eficaz.


17) Em 2004, a administração de Bush filho criou a Comissão de Assistência a uma Cuba Livre, que impulsionou novas sanções contra Cuba.


18) Esta Comissão limitou muito as viagens. Todos os habitantes dos Estados Unidos podem viajar a seu país de origem quantas vezes quiserem - menos os cubanos. De fato, entre 2004 e 2009, os cubanos dos Estados Unidos só puderam viajar a ilha 14 dias a cada três anos, na melhor das hipóteses, desde que conseguissem uma autorização do Departamento do Tesouro.


19) Para poder viajar era necessário demonstrar que ao menos um membro da família vivia em Cuba. Não obstante, a administração Bush redefiniu o conceito de família, que se aplicou exclusivamente aos cubanos. Assim, os primos, sobrinhos, tios e outros parentes próximos já não formavam parte da família. Somente os avós, país, irmãos, filhos e cônjuges formavam parte da família, de acordo com a nova definição. Por exemplo, um cubano que residisse nos Estados Unidos não poderia visitar sua tia em Cuba, nem mandar uma ajuda econômica para seu primo.


20) Os cubanos que cumpriam todos os requisitos para viajar a seu país de origem, além de terem de limitar sua estadia a duas semanas, não podiam gastar ali mais de 50 dólares diários.


21) Todos os cidadãos ou residentes estadunidenses podiam mandar uma ajuda financeira a sua família, sem limite de valor, menos os cubanos, que não podiam mandar mais de 100 dólares ao mês entre 2004 e 2009.


22) Não obstante, era impossível a um cubano da Flórida mandar dinheiro à sua mãe que vivia em Havana – membro direto da sua família de acordo com a nova definição –, se a mãe militasse no Partido Comunista.


23) Em 2006, a Comissão de Assistência a uma Cuba Livre adotou outra norma que recrudesceu as restrições contra Cuba.


24) Com o objetivo de limitar a cooperação médica cubana com o resto do mundo, os Estados Unidos proibiram a exportação de equipamentos médicos a países terceiros “destinados a serem utilizados em programas de grande escala [com] pacientes estrangeiros” mesmo apesar de a maior parte da tecnologia médica mundial ser de origem estadunidense.


25) Por causa da aplicação extraterritorial das sanções econômicas, uma fabricante de carros japonesa, alemã, coreana, ou outra, que deseje comercializar seus produtos no mercado estadunidense, tem de demonstrar ao Departamento do Tesouro que seus carros não contêm nem um só grama de níquel cubano.


26) Do mesmo modo, um confeiteiro francês que deseje entrar no primeiro mercado do mundo tem de demonstrar à mesma entidade que sua produção não contém um só grama de açúcar cubano.


27) Assim, o caráter extraterritorial das sanções limita fortemente o comércio internacional de Cuba com o resto do mundo.


28) Às vezes, a aplicação destas sanções toma um rumo menos racional. Assim, todo turista estadunidense que consuma um cigarro cubano ou um copo de rum Havana Club durante uma viagem ao exterior, na França, no Brasil ou no Japão, se arrisca a pagar uma multa de um milhão de dólares e a ser condenado a dez anos de prisão.


29) Do mesmo modo, um cubano que resida na França, teoricamente não pode comer um sanduíche do McDonald’s.


30) O Departamento do Tesouro é taxativo a respeito: “Muitos se perguntam com frequência se os cidadãos estadunidenses podem adquirir legalmente produtos cubanos, inclusive tabaco ou bebidas alcóolicas, em um país terceiro para seu consumo pessoal fora dos Estados Unidos. A resposta é não”.


31) As sanções econômicas também têm um impacto dramático no campo da saúde.  Com efeito, cerca de 80% das patentes depositadas no setor médico provêm das multinacionais farmacêuticas estadunidenses e de suas subsidiárias e Cuba não pode ter acesso a elas. O Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos sublinha que “as restrições impostas pelo embargo têm contribuído para privar Cuba de um acesso vital a medicamentos, novas tecnologias médicas e científicas”.


32) No dia 3 de fevereiro de 2006, uma delegação de dezesseis funcionários cubanos, reunida com um grupo de empresários estadunidenses, foi expulsa do Hotel Sheraton María Isabel da capital mexicana, violando a lei asteca que proíbe todo tipo de discriminação por raça ou origem.


33) Em 2006, a empresa japonesa Nikon se negou a entregar o primeiro prêmio – uma câmera – a Raysel Sosa Rojas, jovem cubano de 13 anos que sofre de uma hemofilia hereditária incurável, que ganhou o XV Concurso Internacional de Desenho Infantil do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). A multinacional nipônica explicou que a câmera digital não poderia ser entregue ao jovem cubano porque continha componentes estadunidenses.


34) Em abril de 2007, o banco Bawag, vendido ao fundo financeiro estadunidense, fechou as contas de uma centena de clientes de origem cubana que residiam na república alpina, aplicando assim, de modo extraterritorial, a legislação estadunidense em um país terceiro.


35) Em 2007, o banco Barclays ordenou às suas filiais de Londres que fechassem as contas de duas empresas cubanas: Havana International Bank e Cubanacán, depois de a Ofac (Office of Foreign Assets Control, ou Oficina de Controle de Bens Estrangeiros) do Departamento do Tesouro, efetuar prisões.


36) Em julho de 2007, a companhia aérea espanhola Hola Airlines, que tinha um contrato com o governo cubano para transportar pacientes que padeciam de doenças oculares no marco da Operação Milagre teve de por fim às suas relações com Cuba. Com efeito, quando solicitou ao fabricante estadunidense Boeing que realizasse consertos em um avião, este lhe exigiu como condição que rompesse seu contrato com a ilha caribenha e explicou que a ordem era procedente do governo dos Estados Unidos.


37) No dia 16 de dezembro de 2009, o banco Crédit Suisse recebeu uma multa de 536 milhões de dólares do Departamento do Tesouro por realizar transações financeiras em dólares com Cuba.

38) Em junho de 2012, o banco holandês ING recebeu a maior sanção jamais aplicada desde o início do estado de sítio económico contra Cuba em 1960. A Ofac, do Departamento do Tesouro, sancionou a instituição financeira com uma multa de 619 milhões de dólares por realizar, entre outras, transações em dólares com Cuba, através do sistema financeiro estadunidense.


39) Os turistas estadunidenses podem viajar para a China, principal rival econômica e política dos Estados Unidos, para o Vietnã, país contra o qual Washington esteve mais de quinze anos em guerra, ou para a Coréia do Norte, que possui armamento nuclear e ameaça usá-lo, mas não para Cuba, que, em sua história, jamais agrediu os Estados Unidos.


40) Todo cidadão estadunidense que viole esta proibição se arrisca a uma sanção que pode alcançar 10 anos de prisão e um milhão de dólares de multa.


41) Depois das solicitações de Max Baucus, senador do Estado de Montana, o Departamento do Tesouro admitiu ter realizado, desde 1990, apenas 93 investigações relacionadas ao terrorismo internacional. No mesmo período, efetuou outras 10.683 “para impedir que os estadunidenses exerçam seu direito de viajar a Cuba”.


42) Em um boletim, a Gao (United States Government Accountability Office, ou Oficina de Responsabilidade Governamental dos Estados Unidos) apontou que os serviços aduaneiros (Customs and Border Protection – CBP) de Miami realizaram inspeções “secundárias” sobre 20% dos passageiros procedentes de Cuba em 2007 com a finalidade de comprovar que não importavam tabaco, álcool ou produtos farmacêuticos da ilha. Por outro lado, a média de inspeções foi só de 3% para o restante dos viajantes. Segundo a GAO, este enfoque sobre Cuba “reduz a aptidão dos serviços aduaneiros para levar a cabo sua missão que consiste em impedir que os terroristas, criminosos e outros estrangeiros indesejáveis entrem no país”.


43) Os ex-presidentes James Carter e William Clinton expressaram várias vezes sua oposição à política de Washington. “Não deixei de pedir pública e privadamente a eliminação de todas as restrições financeiras, comerciais e de viagem”, declarou Carter depois de sua segunda estadia em Cuba em março de 2011. Para Clinton, a política de sanções “absurda” tem sido um “fracasso total”.


44) A Câmara de Comércio dos Estados Unidos, que representa o mundo dos negócios e as mais importantes multinacionais do país, também expressou sua oposição à manutenção das sanções econômicas.


45) O jornal The New York Times condenou “um anacronismo da Guerra Fria”.


46) O Washington Post, diário conservador, aparece como o mais virulento quando se trata da política cubana de Washington: “A política dos Estados Unidos em relação a Cuba é um fracasso […]. Nada mudou, exceto que o nosso embargo nos torna mais ridículos e impotentes que nunca”.


47) A maior parte da opinião pública estadunidense também está a favor de uma normatização das relações entre Washington e Havana. Segundo uma pesquisa realizada pela CNN no dia 10 de abril de 2009, 64% dos cidadãos estadunidenses se opõe às sanções econômicas contra Cuba.

48) De acordo com a empresa Orbitz Worldwide, uma das mais importantes agências de viagem da internet, 67% dos habitantes dos Estados Unidos desejam ir de férias para Cuba e 72% acreditam que “o turismo em Cuba teria um impacto positivo na vida cotidiana do povo cubano”.


49) Mais de 70% dos cubanos nasceram sob o estado de sítio econômico.


50) Em 2012, durante a reunião anual da Assembleia Geral das Nações Unidas, 188 países de 192 condenaram pela 21ª vez consecutiva as sanções econômicas contra Cuba.

(*) Doutor em Estudos Ibéricos e Latino-americanos da Universidade de Paris Sorbonne-Paris IV, Salim Lamrani é professor-titular da Universidade de la Reunión e jornalista, especialista nas relações entre Cuba e Estados Unidos. Seu último livro se chama The Economic War Against Cuba. A Historical and Legal Perspective on the U.S. Blockade, New York, Monthly Review Press, 2013, com prólogo de Wayne S. Smith e prefácio Paul Estrade. http://anncol-brasil.blogspot.com.br/2013/04/50-verdades-sobre-as-sancoes-economicas.html

O novo flagelo da África se chama Edir Macedo



Seu império ascendente nos países lusófonos é a prova de que tudo o que é ruim sempre pode piorar.
Culto da IURD em Moçambique
Culto da IURD em Moçambique
Se, como quer aquele pastor de cabelo lambido, a África é amaldiçoada, já se sabe qual é o seu maior flagelo hoje: as igrejas pentecostais – especialmente a Igreja Universal do bispo Macedo.
Em seu plano de expansão mundial, a chamada IURD encontrou um terreno fértil na África lusófona. Em Angola e Moçambique (onde foi apelidada “igreja dos ladrões), os cultos lotam estádios para 50 mil pessoas, sempre com gente do governo. No dia 31 de dezembro do ano passado, 16 pessoas morreram e 120 ficaram feridas num tumulto em Luanda durante uma certa “Vigília da Virada – Dia do Fim”, uma picaretagem que prometia acabar com “todos os problemas que estão na sua vida: doença, miséria, desemprego, feitiçaria, inveja e olho grande”. Depois de dois meses impedida de operar por causa de “propaganda enganosa”, a IURD reabriu em 1º de abril. Acredita-se que as boas relações com o governo foram fundamentais para que a suspensão caísse.
De acordo com o jornalista e ativista Rafael Marques, o presidente angolano José Eduardo dos Santos, do MPLA (no poder desde 1975), teria conexões com a igreja. Marques afirma que a Universal angaria votos para o MPLA e ajuda a lavar dinheiro.
Segundo o site religioso The Revealer, “em Moçambique, tal como em outros lugares, o credo da Universal tem levado à bancarrota alguns dos seus crentes. Os fiéis têm deixado chaves de carros, títulos de propriedade e salários no altar, na esperança de alcançar um milagre prometido, apenas para abandonar a Igreja meses ou anos depois sentindo-se enganados”.
Os pastores, muitos deles importados do Brasil, fazem aquele circo clássico de exorcismos, “milagres”, ataques a deuses africanos e à “feitiçaria”. Pagando o dízimo, fica tudo em casa. Se aqui a Universal dispõe de poder político, lá não é diferente. Num evento no final de 2011, com mais de 500 mil espectadores, estavam o então primeiro ministro moçambicano, Aires Ali, o ministro da Justiça e o ministro dos Desportos e Cultura.
Edir Macedo não se manifestou publicamente sobre a tragédia em Luanda. Mas apareceu há dias na revista Bloomberg numa extensa reportagem sobre seu império. “Do ponto de vista de minha fé em Jesus Cristo, eu sou o homem mais rico do mundo”, disse cinicamente, por email, ao repórter Alex Cuadros. Sua fortuna é estimada em 1,2 bilhão de dólares. Tudo graças à teologia da prosperidade, a aberração que foi definida pelo próprio Macedo de maneira sucinta: “O Deus desse mundo é o dinheiro”. Ele mesmo continua: “Uma oferta é um investimento. Aquele que dá tudo, recebe tudo de Deus. É inevitável. É toma lá, dá cá”.
Lá como cá, a IURD é dona, em Moçambique, do canal de TV mais popular, de um jornal que está entre os mais lidos e de emissoras de rádio. No final dos anos 90, um jornalista chamado Carlos Cardoso escreveu uma série de artigos argumentando que as práticas financeiras da Universal se assemelhavam mais às de uma empresa do que às de uma igreja e por isso ela deveria recolher impostos. Não deu em nada, naturalmente.
Pobre África, tão longe de Deus, tão perto do bispo Macedo.
A vigília em Luanda que acabou em tragédia
A vigília em Luanda que acabou em tragédia
Kiko Nogueira
No DCM

Mentira em governo de Aécio



“Lei orçamentária de Minas Gerais é fraudulenta, e prestação de contas é pior ainda”, denuncia promotora que entrou com ação de improbidade administrativa contra Aécio. Tribunal de Justiça negou recurso do ex-governador e processo contra ele segue na Vara de Fazenda. Aécio é acusado de desviar R$ 3, 5 bilhões do orçamento da saúde, quase metade de tudo que foi investido na área.
Uma norma federal, chamada de Emenda 29, aprovada no ano 2000, determina que todos os estados do Brasil devem aplicar 12% do seu orçamento, que vem da arrecadação de impostos, em serviços de saúde. A Emenda determina ainda que os estados – e os municípios – teriam até o ano de 2004 para se adaptar à nova regra.
Não deveria ser uma norma tão difícil de ser colocada em prática. Afinal, qualquer administrador público sabe – e defende isso em suas campanhas – a centralidade que a saúde ocupa para garantir boas condições de vida para a população. Não é muito a se esperar de quem opera a máquina estatal o investimento em postos de saúde, contratação de pessoal, saneamento básico, prevenção de doenças e epidemias. Afinal, se saúde, educação, moradia não forem o centro dos investimentos públicos, o que será?
Apesar de ser lei, o Governo de Minas Gerais, dos anos de 2003 a 2008, não cumpriu essa norma básica. E pior: colocou na sua prestação de contas o suposto investimento de R$ 3, 5 bilhões em saúde na conta da Copasa, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais, como forma de maquiar o orçamento e fingir que tinha feito todo o investimento necessário. Isso é o que sustenta ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Estadual, de dezembro de 2010.
A promotora de Justiça de Defesa da Saúde, Josely Ramos Pontes, explica que foi feita uma fraude contábil, ou seja, foi contada uma mentira, para fechar as contas. “Enganaram os órgãos de fiscalização e a população o tempo inteiro”, denuncia. A partir do entendimento que a prestação de contas estava equivocada, pois contavam investimentos que nunca teriam acontecido, o MP entrou com a ação contra a contadora-geral do Estado, Maria da Conceição Barros Rezende, e o então governador Aécio Neves, que assina junto com ela o documento oficial de prestação de contas.
O ex-governador e atual senador pelo PSDB Aécio Neves, que se coloca como possível candidato à presidência da República no ano que vem, entrou com um recurso negando a legitimidade da ação, e pedindo para que o processo fosse extinto. Em sua defesa, alegou, primeiro, que o MP não teria competência para entrar com a ação, pois apenas a Procurador Geral do Estado poderia propor ações contra o Governo do Estado. Tentou ainda explicar que os recursos – 3,5 bilhões, metade do orçamento geral para a saúde no período – seriam recursos da própria Copasa, para investimentos que a empresa, de capital misto, faria em obras de saneamento no estado.
Neste mês, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais não aceitou os termos de defesa dos réus. Os desembargadores entenderam que cabia sim ao MP entrar com a ação, pois Aécio não era mais governador no período (a ação começou a correr em dezembro de 2010). Mais importante que isso, reconheceram que a denúncia do MP estava correta, e que não foram investidos os 12% constitucionais previstos para a saúde. Consideraram que que há indicativos “suficientes” que as pessoas indiciadas cometeram mesmo o desvio, lesivo para o estado de Minas Gerais.
De forma unânime, os magistrados concluem que não houve transferência de recursos para a Copasa, como tentava justificar o ex-governador, “não passando de artifício (fraude contábil, segundo o autor da ação) utilizado pela Contadora-Geral do Estado, com o aval do Governador do Estado”. Isso quer dizer que eles concordam com a denúncia que quase 50% do financiamento da saúde se perdeu em alguma manobra criada pelos gestores do Estado. Esse dinheiro, então, nunca chegou à sua destinação, ou seja, serviços para a população de Minas Gerais.
Eles apontam ainda a gravidade dessa lesão ao estado, pois o recurso deveria ser destinado para “reduzir doenças, possibilitar o acesso universal e igualitário a todos, como forma de inclusão social e preservação do direito fundamental que é a saúde, uma das razões de ser do Estado e fundamento da República”.
A promotora Josely Ramos, que ficou dois anos preparando a ação, ou seja, juntou todas as informações possíveis para comprovar a denúncia, garante que esse recurso não existia na Copasa. Segundo a promotora, a Comissão de Valores Imobiliários (CVM) demonstrou que não havia esse aporte bilionário na empresa, que certamente faria diferença para seus investidores privados. A Advocacia-Geral da União (AGU) também comprovou que esse recurso não chegou à Copasa e, por fim, a própria empresa nega que tenha existido esses R$ 3,5 bilhões em seus balanços.
Investimentos e demandas
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto no Estado de Minas Gerais (Sindágua/MG), os investimentos da Copasa nos últimos anos não ultrapassa a casa de R$ 900 milhões por ano. Em 2008, por exemplo, foram investidos R$ 805 milhões no estado.
Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico do IBGE, de 2008, Minas Gerais ficou abaixo da média nacional em número de municípios com tratamento de esgoto: 22,7%, contra 28,5 da média nacional ou os 78,4% do estado de São Paulo.
Mas há ainda outras demandas. Segundo o Sistema Estadual de Informações sobre Saneamento (Seis), da Fundação João Pinheiro, referente aos anos de 2008 e 2009, em 53 sedes municipais do estado as pessoas recebem água sem qualquer tipo de tratamento. A pesquisa mostra ainda que 32% da população do estado não era ainda atendida pela rede de esgotamento sanitário. E dos 68,2% atendidos, há variações consideráveis entre os municípios e regiões. Esgoto tratado, então, está ausente em mais de 75% dos municípios mineiros.
Os dados se referem a anos posteriores ao suposto investimento de R$ 3,5 bilhões da Copasa em obras para saneamento. Para um dimensão do que o montante poderia significar, o Governo de Minas Gerais anunciou neste ano o investimento de R$ 100 milhões no “Projeto Estruturador Saneamento de Minas”, para executar obras de saneamento básico na zona rural do estado. Esse recurso será investido até 2014.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG), Renato Barros, aponta que o desvio pode ser ainda maior. Pelas contas do Sindicato, ao menos R$ 1 bilhão foi desviado por ano da saúde, o que daria seis bilhões que não foram investidos. “Entra na conta recursos investidos na previdência do servidor, dos militares. É uma ação de lesa-pátria, e quem paga é o povo mineiro”, destaca.
Próximos passos
Com a decisão do Tribunal de Justiça, o processo segue em tramitação na 5ª Vara de Fazenda. “O recurso dos réus foi negado, em uma decisão muito contundente do TJ. O processo não parou, pedi o depoimento da Contadora-Geral do Estado, que, até agora, não prestou todas as informações. Vai ser feita também uma perícia contábil, que não deve demorar muito, pois já foi feita para a constituição da ação. A fase mais complicada do processo se encerra agora. Creio que até o final do ano já esteja pronto para julgamento”, defende Josely.
Caso sejam condenados, as penas para os réus – Aécio Neves e Maria da Conceição Barros Rezende – podem incluir pagamento de multa e perda dos direitos políticos.
Josely explica ainda que essa simulação utilizada pelo governo não deixou de acontecer. Ela está preparando uma outra ação, desta vez investigando o período de 2008 a 2001, contra o governador Antonio Anastasia, que também não aplica o mínimo exigido na saúde de Minas Gerais.
Renato Barros, presidente do Sindi-Saúde, afirma que o sindicato também vem acompanhado os valores de aplicação da saúde, para averiguar se a Emenda 29 vem sendo cumprida. “Para nós como cidadãos e como trabalhadores em exercício da função pública, é um dever saber se está sendo cumprido o que determina a Constituição. Queremos que seja apurado o caso e responsabilizados os responsáveis pelo desvio. A pressão da sociedade vai fazer com que essas ações tenham agilidade para que sejam punidos os responsáveis e para que não ocorram fatos similares”, defende.