sábado, 22 de dezembro de 2012

As expectativas de Dilma para 2013




Luis Nassif, Luis Nassif Online

“Coluna Econômica

A apresentação do pacote de logística, ontem, permitiu à presidente Dilma Rousseff exercitar a melhor maneira de divulgar seus pontos programáticos: através de “cacos” no discurso. Isto é, de frases e declarações em cima do discurso escrito.

No discurso, sintetizou objetivamente seu plano de governo:

1. Acabar com pobreza extrema

2. Preparar um salto para economia cada vez mais competitiva.

3. A educação é a ponte que une os dois objetivos. Para dar sustentabilidade para pessoas que saem da pobreza, há que se providenciar cada vez mais empregos e de melhor qualidade. Mas, para crianças e jovens, “que são nosso futuro”, há que se providenciar educação.

“Precisamos de um país capaz de gerar ciência, tecnologia e inovação”, continuou. “Mas ninguém vai fazer achando que é possível segregar um grupo de brasileiros e dizer esse vai ser o inventor, o cientista. Ou o país inteiro tem possibilidade de criar, ou nós não seremos um país que passará para outra etapa do desenvolvimento”.
Artigo Completo, ::AQUI::

Sobre o xadrez da política - Notas 1


 
Leia “Para entender o xadrez da política – 1”  e
Para entender o xadrez da política – 2
Adicionalmente,
O Supremo abriu a Caixa de Pandora”.
Vou utilizar os dois posts iniciais como fio condutor do que considero cenário político básico, para amarrare filtrar as informações que considero relevantes para o caso. 
As Notas são informações adicionais, que completam ou retificam o cenário maior. Quando houver necessidade de consolidar o novo cenário, utilizarei o título original, sem as Notas.

Sobre Lula

  1. Lula não pretende colocar multidões na rua enfrentando o MPF ou o STF, a não ser em situação extrema – que está longe de ocorrer.
  2. A estratégia de Dilma será se afastar de qualquer ligação com o julgamento do “mensalão”, inclusive evitando manifestações de solidariedade aos condenados. Com Lula, a postura será outra. Dilma e todos ministros assumirão sua defesa, sempre que se fizer necessária.
  3. Do ponto de visto jurídico, os casos Marcos Valério, Rosemary e Freud – nos quais a mídia aposta para atacar Lula – não inspiram o menor receio em Lula, a não ser criar marolas e marolas.

Sobre o grupo dos cinco do STF

A riqueza e a vitalidade da democracia consiste em sua fluidez, no fato da confluência de opiniões não ser rígida, moldar-se a cada circunstância e a cada episódio. Especialmente em uma sociedade rica e complexa, como a brasileira.
Não era inédito o modelo de cooptação política no qual incorreram os réus do mensalão. Praticamente todos os partidos no Poder se valem de práticas similares. Em algum momento ter-se-ia que dar um basta. Calhou de ser nesse julgamento. Podia-se ficar por aí para legitima-lo.
O que assustou no comportamento do STF (Supremo Tribunal Federal) foi a facilidade com que os Ministros superaram a falta de provas, o rigor inédito das condenações, o discurso político irresponsável de alguns deles (puxados por Celso de Mello) e, mais do que isso, a aliança até então mais que improvável entre os “cinco do STF” – Joaquim Barbosa, Gilmar Dantas, Marco Aurélio de Mello, Celso de Mello e Luiz Fux.
Essa aliança não se restringiu ao julgamento do mérito. Prosseguiu na análise sobre quem teria o direito de cassar. E com discursos, como do irresponsável Celso de Mello, claramente destinados a produzir uma crise institucional.
Compare-se com o comportamento das Ministras. Votaram penas severas, em várias situações; em outras, não; no caso da prerrogativa de cassar, sua opinião divergiu dos “cinco do Supremo”. Ou seja, julgavam cada caso de acordo com seu entendimento, sem a preocupação de produzir efeitos políticos.
O discurso de Luiz Fux, na posse de Joaquim Barbosa, foi a comprovação da tentativa do STF de açambarcar competências dos demais poderes. Foi de um atrevimento ímpar, e devidamente combinado com Barbosa, não se tenha dúvidas.
Essa atitude criou em muitos setores a sensação da falta de limites do STF. Hoje pode servir para atingir nossos adversários; e amanhã? 
O Supremo poderia ter desmanchado essa sensação de ação orquestrada caso o pedido de prisão dos réus pudesse ser analisado por todos os Ministros. Mas a pouca esperteza de Roberto Gurgel – de aguardar o fim das sessões para encaminhar o pedido de prisão, para a decisão solitária de Joaquim Barbosa – impediu a prova do pudim sobre a isenção do STF.
A reação do presidente da Câmara Marcos Maia mostrou que a corda tinha sido esticada ao máximo.
Agora tem-se os seguintes dados novos:
1. A decisão de Joaquim Barbosa, ao não enviar os réus para a prisão, baixou a fervura.
O PGR foi amigo da onça de Barbosa. Se enviasse o pedido ao pleno do STF, arriscava-se a ser rejeitado. Ao enviar para a decisão solitária de Barbosa, jogou nas costas do presidente do STF um risco intolerável: o de ser responsável, sozinho, sem a retaguarda da decisão colegiada, por uma crise institucional. De qualquer modo, rompeu-se a ideia do alinhamento automático entre os “cinco” e Gurgel.
O próximo ano ainda está por ser roteirizado, mas pelo menos começa com a água num ponto mais baixo de fervura.
2. Luiz Fux não teve coragem de abrir a Caixa de Pandora do MPF.
Releia o post “O Supremo abriu a Caixa de Pandora”, sobre os desdobramentos incontroláveis do mensalão, especialmente na atuação do Ministério Público. Esta semana mesmo, ao julgar o poder de investigar do MPF, o voto de Luiz Fux foi uma ducha de água fria nas pretensões do MPF. Acabou restringindo mais sua atuação do que anteriormente.
Interessa ao STF um PGR que atuasse como Gurgel; não um PGR entregue à iniciativa dos procuradores. Ao mesmo tempo, a politização desnecessária que o PGR imprimiu ao processo gerou resistências também no Congresso.
Pena! O MPF tem uma atuação excepcional de defesa dos direitos sociais e individuais. Ficou em segundo plano devido à politização imprudente imprimida por Gurgel.
Luis Nassif
No Advivo

CIA, elites, setores do judiciário e oposição preparam golpe na Argentina e no Brasil

Amigos (as) vejam o amálgama do golpe em curso na Argentina e por tabela no Brasil. A mídia, especialmente a Globo da Argentina (Clarín), aposta no caos econômico-social na América do Sul.

No Brasil está em curso o golpe, perpetrado por setores da mídia (Rede Globo, Veja, Folha, Estadão) em sintonia com setores da PF, MPF, STF. O primeiro passo é a criminalização da política e mostra uma falência das instituições e do caos político no Brasil. E por isso, devemos estar vigilantes. 
Vejam abaixo o modus operandi do golpe que se avizinha na Argentina. A luta será encarniçada. E mais uma vez os EUA estão por trás, dando a logística necessária para o golpe nesta parte de cá das Américas.

Saques terminam com 2 mortos na Argentina


STRINGER: People carry boxes taken from the
A polícia usou gás lacrimogêneo e balas de borracha para frear dezenas de pessoas que tentavam entrar à força em um hipermercado da rede francesa Carrefour na populosa periferia norte de Buenos Aires. A presidente Cristina Kirchner acusa a oposição, os meios de comunicação e os empresários de tentar desestabilizar seu governo
BUENOS AIRES, 21 Dez (Reuters) - Duas pessoas morreram na sexta-feira durante saques a supermercados em uma populosa cidade argentina, enquanto agentes de segurança tentavam evitar mais ataques em outras localidades, numa onda de violência atribuída pelo governo a sindicatos da oposição.
A polícia usou gás lacrimogêneo e balas de borracha para frear dezenas de pessoas que tentavam entrar à força em um hipermercado da rede francesa Carrefour na populosa periferia norte de Buenos Aires.
Imagens de TV mostraram dezenas de jovens atirando pedras nos policiais que cercavam o supermercado localizado em San Fernando, cidade cerca de 30 quilômetros ao norte de Buenos Aires, onde há vários bairros pobres.
Os saques a supermercados começaram na quinta-feira em Bariloche, pólo turístico no sul da Argentina, e depois se estenderam a outras localidades das províncias de Buenos Aires, Santa Fé e Chaco.
"Quando se vê que levaram (TVs de) plasma, não é fome", disse à jornalistas o governador da província de Buenos Aires, Daniel Scioli, garantindo que os saques não foram protagonizados por pessoas com queixas sociais.
As imagens evocam o triste Natal que os argentinos viveram em 2001, quando o então presidente Fernando de la Rúa renunciou em meio a uma onda de violência e uma grave crise econômica e social, que jogou metade da população na pobreza.
A presidente Cristina Kirchner acusou em várias ocasiões a oposição, os meios de comunicação e os empresários de tentarem desestabilizar seu governo para frear reformas economias e sociais que seus críticos qualificam de populistas.
Cerca de 250 pessoas foram detidas nos saques. Em Rosário, principal cidade da província de Santa Fé, duas pessoas morreram baleadas em meio à onda de ataques a supermercados.
O governo mobilizou 400 policiais para reforçar a segurança em Bariloche, onde centenas de pessoas com os rostos escondidos saquearam um loja da rede norte-americana Wal-mart.
"Há um setor na Argentina que quer levar o caos, à violência e tingir de sangue nossas festas", disse a uma rádio o vice-ministro da Segurança, Sergio Berni, que estava em Bariloche. "Esta não é a mesma Argentina de 2001", acrescentou.
Mas a economia, que vinha se recuperando desde 2003, estancou neste ano, a situação fiscal e o ambiente para negócios se deterioraram, e a elevada inflação golpeia os bolsos da classe média e de setores com menores recursos.
Berni disse que a violência registrada na localidade portuária de Campana, cerca de 80 quilômetros ao norte de Buenos Aires, foi orquestrada por grupos vinculados a um sindicato de caminhoneiros dirigido por Hugo Moyano, que também dirige a central sindical oposicionista CGT.
"Talvez isso seja fruto da necessidade que muita gente está passando. Não posso imaginar que isso possa ser organizado por alguém", disse Moyano a uma rádio, sem responder às acusações do governo.
(Reportagem de Guido Nejamkis e Alejandro Lifschitz)
No Olhos do Sertão