sábado, 6 de março de 2010

Contramaré de Ubatuba

Ubatuba - Cruz Vermelha assume a administração da Santa Casa de Ubatuba.

O protocolo de intenções entre as partes envolvidas foi assinado nesta sexta-feira, 5às 11 horas, no Paço Municipal.

Há cerca de um mês, representantes da entidade estiveram em Ubatuba conhecendo a realidade da Santa Casa e dentro de 20 dias devem apresentar um projeto de gestão administrativa para o hospital. A informação foi dada pelo prefeito Eduardo Cesar durante uma reunião nesta quarta-feira que contou com a presença da maioria dos vereadores da cidade, representantes do Comus (Conselho Municipal de Saúde), da Cruz Vermelha, da Santa Casa e da Prefeitura.

“Desde que assumimos a administração da Santa Casa, em novembro de 2005, a nossa grande preocupação sempre foi com a qualidade do atendimento. Naquele momento, não tínhamos alternativa: ou assumíamos a entidade ou ela fechava suas portas. Muitas melhorias foram realizadas, o déficit foi diminuído em mais de 300 por cento, trocamos médicos e funcionários que não atendiam a população dignamente, enfim, tivemos muitos acertos. Porém, precisamos melhorar ainda mais e nada melhor que colocar a administração da Santa Casa nas mãos de uma entidade reconhecida internacionalmente e que tem grande experiência em gerir entidades de saúde beneficentes como a nossa”, explicou o prefeito Eduardo Cesar aos participantes da reunião.

Diagnóstico
O gerente de projetos da Cruz Vermelha do Brasil, Marcos Roberto Romero Sanches, que participou da reunião, explicou que a entidade fará agora uma auditoria geral na Santa Casa visando o planejamento da gestão. “A nossa intenção é fazer um profundo diagnóstico, levantar os problemas, os gargalos, as dificuldades e a partir daí buscar as soluções viáveis. Não vamos fazer uma revolução, e sim, colocar a nossa experiência a serviço da comunidade de Ubatuba e junto com todos os interessados construir um projeto de gestão eficiente para o hospital. Estamos aqui para oferecer nossas ferramentas de trabalho, para somar esforços”, enfatizou o representante da Cruz Vermelha, lembrando que por ser uma entidade filantrópica, pode inclusive ajudar na busca de mais recursos junto a órgãos nacionais e internacionais.

Divisão de responsabilidades
O presidente da Câmara Municipal e também médico, Dr. Ricardo Cortez elogiou a iniciativa da Prefeitura em buscar novas alternativas para melhorar a gestão da Santa Casa e principalmente por estar dividindo responsabilidades com o Poder Legislativo e representantes da comunidade, através do Comus. “As pessoas que estão de fora criticam o nosso hospital mas elas desconhecem a realidade do sistema de saúde brasileiro e as dificuldades que enfrentamos no dia a dia. A demanda é enorme, os recursos que vêm do Governo Estadual e Federal são muito aquém do que necessitamos, e a maioria dos profissionais que lá trabalham fazem de tudo para minimizar a dor das pessoas que passam por lá diariamente”, reforçou o médico.
Outros vereadores presentes à reunião, como Osmar de Souza, Americano, professor Adilson, Silvinho Brandão, Mico e Pastor Claudinei também enfatizaram a necessidade de melhorias, de contratação de mais profissionais para fazer frente ao grande número de pessoas que buscam a Santa Casa todos os dias. “É importante que esses profissionais tenham um vínculo maior com nossa cidade”, pediram. Um deles também criticou a utilização, por parte de políticos inescrupulosos, de uma recente morte ocorrida no município, para denegrir a imagem do hospital e consequentemente da cidade. O prefeito aproveitou a oportunidade para dizer que espera que a comunidade se una para ajudar a melhorar o único hospital da cidade. “É importante que se use a força política para ajudar e não para prejudicar a imagem da cidade”, reforçou Eduardo Cesar.

Protocolo de Intenções
Com a presença de autoridades e representantes de todos os segmentos da comunidade de Ubatuba, será assinado, nesta sexta-feira, 5, o protocolo de intenções entre a Prefeitura, a Santa Casa e a Cruz Vermelha visando a mudança na gestão administrativa do hospital. Depois disso uma nova reunião com todos os envolvidos deverá ser realizada quando a equipe da Cruz Vermelha do Brasil estiver com o diagnóstico pronto. “O processo de mudança de gestão administrativa da Santa Casa foi deflagrado e uma auditoria teve início. Dentro de um mês estaremos reunidos novamente para selar esse acordo com a Cruz Vermelha do Brasil, uma entidade de reconhecimento internacional que deverá, definitivamente, profissionalizar o sistema de gestão da Santa Casa”, declarou o secretário de Saúde, Clingel Frota que esteve recentemente conhecendo alguns hospitais administrados pela Cruz Vermelha.
(Fonte: Prefeitura Municipal de Ubatuba)

Comentário do Aguinaldo: Contra fatos não há argumentos.O fato é que a intervenção , feita em 2005, de nada adiantou. Esperamos, enquanto cidadãos, que agora as coisas encaminhem no sentido de soluções dos problemas da Santa Casa. Uma dica ao Prefeito; Para o bem da população não faça interferência politica.

Comparo, sim!! - 3


O total de investimentos no setor de transplantes no Brasil teve salto de 343% entre 2002 e 2009. Os dados do Ministério da Saúde foram divulgados na terça-feira (23).

No ano passado (2009), os investimentos chegaram a R$ 990,51 milhões. Mais que triplicamos os R$ 285,94 milhões aplicados em 2002.

Também foi anunciado, em parceria com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o número recorde de 8,7 doadores por milhão da população em 2009, um crescimento de 26% em relação ao ano anterior.

Segundo a coordenadora do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), Rosana Nothen, o aumento se deve ao processo contínuo de organização do sistema, que permite, por exemplo, que estados mais estruturados sejam compensados ao realizar transplantes de pessoas vindas de outras regiões.

“Podemos atribuir este crescimento, entre outros fatores, à forma de financiamento. Os recursos não possuem limite, a sua liberação depende exclusivamente da demanda de produção dos estados”, explicou.

Esta modalidade de transferência de recursos garante maior agilidade às ações, já que o pagamento é feito diretamente ao prestador de serviço.

Mais de 1 milhão de brasileiros doam medula

O Brasil ultrapassou a marca de 1 milhão de doadores de medula tornando-se o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo.

O País fica atrás apenas dos Estados Unidos (5 milhões de doadores) e da Alemanha (3 milhões de doadores).

De 12 mil doadores em 2000, e 40 mil, em 2003, o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) evoluiu para mais de 1,3 milhão de inscritos.

Fonte: Em questão

A miséria moral de ex - esquerdistas


Alguns sentem satisfação quando alguém que foi de esquerda salta o muro, muda de campo e se torna de direita – como se dissessem: “Eu sabia, você nunca me enganou”, etc., etc. Outros sentem tristeza, pelo triste espetáculo de quem joga fora, com os valores, sua própria dignidade – em troca de um emprego, de um reconhecimento, de um espaçozinho na televisão.


O certo é que nos acostumamos a que grande parte dos direitistas de hoje tenham sido de esquerda ontem. O caminho inverso é muito menos comum. A direita sabe recompensar os que aderem a seus ideais – e salários. A adesão à esquerda costuma ser pelo convencimento dos seus ideais.


O ex-esquerdista ataca com especial fúria a esquerda, como quem ataca a si mesmo, a seu próprio passado. Não apenas renega as idéias que nortearam – às vezes o melhor período da sua vida -, mas precisa mostrar, o tempo todo, à direita e a todos os seus poderes, que odeia de tal maneira a esquerda, que já nunca mais recairá naquele “veneno” que o tinha viciado. Que agora podem contar com ele, na primeira fila, para combater o que ele foi, com um empenho de quem “conheceu o monstro por dentro”, sabe seu efeito corrosivo e se mostra combatente extremista contra a esquerda.

Não discute as idéias que teve ou as que outros têm. Não basta. Senão seria tratar interpretações possíveis, às quais aderiu e já não adere. Não. Precisa chamar a atenção dos incautos sobre a dependência que geram a “dialética”, a “luta de classes”, a promessa de uma “sociedade de igualdade, sem classes e sem Estado”. Denunciar, denunciar qualquer indicio de que o vício pode voltar, que qualquer vacilação em relação a temas aparentemente ingênuos, banais, corriqueiros, como as políticas de cotas nas universidades, uma política habitacional, o apoio a um presidente legalmente eleito de um país, podem esconder o veneno da víbora do “socialismo”, do “totalitarismo”, do “stalinismo”.

Viraram pobres diabos, que vagam pelos espaços que os Marinhos, os Civitas, os Frias, os Mesquitas lhes emprestam, para exibir seu passado de pecado, de devassidão moral, agora superado pela conduta de vigilantes escoteiros da direita. A redação de jornais, revistas, rádios e televisões está cheia de ex-trotskistas, de ex-comunistas, de ex-socialistas, de ex-esquerdistas arrependidos, usufruindo de espaços e salários, mostrando reiteradamente seu arrependimento, em um espetáculo moral deprimente.

Aderem à direita com a fúria dos desesperados, dos que defendem teses mais que nunca superadas, derrotadas, e daí o desespero. Atacam o governo Lula, o PT, como se fossem a reencarnação do bolchevismo, descobrem em cada ação estatal o “totalitarismo”, em cada política social a “mão corruptora do Estado”, do “chavismo”, do “populismo”.

Vagam, de entrevista a artigo, de blog à mesa redonda, expiando seu passado, aderidos com o mesmo ímpeto que um dia tiveram para atacar o capitalismo, agora para defender a “democracia” contra os seus detratores. Escrevem livros de denúncia, com suposto tempero acadêmico, em editoras de direita, gritam aos quatro ventos que o “perigo comunista” – sem o qual não seriam nada – está vivo, escondido detrás do PAC, do Minha casa, minha vida, da Conferência Nacional de Comunicação, da Dilma – “uma vez terrorista, sempre terrorista”.

Merecem nosso desprezo, nem sequer nossa comiseração, porque sabem o que fazem – e os salários no fim do mês não nos deixam mentir, alimentam suas mentiras – e ganham com isso. Saíram das bibliotecas, das salas de aula, das manifestações e panfletagens, para espaços na mídia, para abraços da direita, de empresários, de próceres da ditadura.

Vagam como almas penadas em órgãos de imprensa que se esfarelam, que vivem seus últimos sopros de vida, com os quais serão enterrados, sem pena, nem glória, esquecidos como serviçais do poder, a que foram reduzidos por sua subserviência aos que crêem que ainda mandam e seguirão mandado no mundo contra o qual, um dia, se rebelaram e pelo que agora pagam rastejando junto ao que de pior possui uma elite decadente e em vésperas de ser derrotada por muito tempo. Morrerão com ela, destino que escolheram em troca de pequenas glórias efêmeras e de uns tostões furados pela sua miséria moral. O povo nem sabe que existiram, embora participe ativamente do seu enterro.


Emir Sader

Quando o dinheiro circula



Maio de 2009, numa cidade litorânea do RS, muito frio e mar agitado, a cidade parece deserta.

Os habitantes, endividados e vivendo as custas de crédito. Por sorte chega um gringo rico e entra num pequeno hotel.

O mesmo saca uma nota de R$ 100,00, põe no balcão e pede para ver um quarto.

Enquanto o gringo vê o quarto, o gerente do hotel sai correndo com a nota de R$ 100,00 e vai até o açougue pagar suas dívidas com o açougueiro.

Este, pega a nota e vai até um criador de suínos a quem deve e paga tudo.

O criador, por sua vez, pega também a nota e corre ao veterinário para liquidar sua dívida.

O veterinário, com a nota em mãos, vai até a zona pagar o que devia a uma prostituta (em tempos de crise essa classe também trabalha a crédito).


A prostituta sai com o dinheiro em direção ao hotel, lugar onde, as vezes, levava seus clientes e que ultimamente não havia pago pelas acomodações, e paga a conta.


Nesse momento, o gringo chega novamente ao balcão, pede a nota de volta, agradece mas diz não ser o que esperava e sai do hotel e da cidade.


Ninguém ganhou nenhum vintém, porém agora toda a cidade vive sem dívidas e começa a ver o futuro com confiança!


Moral da história: Quando o dinheiro circula, não há crise...

Comentário meu; Parece a cidade onde moro !!!

Um Lulinha incomoda muita gente

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Assitir à Regina Tô com Medo Duarte, é impagável


Esse vídeo ficou longo tempo sem URL disponível.

Valeu, Motopostal, pelo acesso!

Putz!!


Os porcalhistas de O Globo primam na incopetência.

Vejam só o que os funcionários de O Globo fizeram.

Corrigiram errando.

Putz !

Dono da maior rede varejista do País, Abílio Diniz declara apoio à candidatura do PT

O empresário Abilio Diniz, presidente do Conselho de Administração do Grupo Pão de Açúcar, maior rede varejista do país, se declarou ontem um verdadeiro cabo eleitoral da pré-candidata do PT à Presidência da República, a ministra Dilma Rousseff. Na apresentação do novo presidente da empresa, Enéas Pestana, Diniz defendeu Dilma e disse que ela tem "todas as condições" de levar adiante o "legado" que será deixado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

— É o legado do crescimento, da geração do emprego e da distribuição de renda. Este é o legado que ele (Lula) deixa. Tenho uma profunda admiração por este homem — disse Diniz, negando que os elogios sejam uma declaração de voto na ministra.

Uma das maiores safadezas que a direita fez contra Lula

Diniz é o primeiro grande empresário a dar uma declaração de apoio à candidata do PT. Em 89, durante o período eleitoral, Diniz foi sequestrado e, às vésperas das eleições em que o ex-presidente Collor disputava a Presidência contra Lula, a polícia prendeu os sequestradores ligados a movimentos de esquerda da América Latina e encontrou nomes de petistas em agendas dos criminosos, o que levou a polícia a vincular o caso a petistas e a apresentar os sequestradores com camisetas da campanha do PT. Isso prejudicou a campanha de Lula, que foi derrotado por Collor.

Apesar de elogiar Dilma ontem, Diniz se negou a fazer comparações entre o atual governo e o de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Para ele, o presidente Lula não vai se afastar de Dilma, caso ela seja eleita, pois ficará "por trás", olhando e fazendo com que o seu legado continue.

— Ela tem condições de levar esse legado em frente, até porque Lula vai ajudar. A Dilma tem todas as condições pelos conhecimentos dela, e até porque o Lula vai ajudar. Ele não vai ficar omisso — disse.

Se o Serra vencesse, o que não acontecerá, o Fernando Henrique ficaria por trás do seu governo, administrando, dando diretrizes a seu pimpolho.

Postado por Glória Leite

sexta-feira, 5 de março de 2010

Cofrinho tá bombando: Captação da poupança tem melhor fevereiro desde 1995


A captação de recursos na poupança fechou o mês de fevereiro em R$ 2,32 bilhões, de acordo com relatório divulgado nesta quinta-feira pelo Banco Central. O valor é o maior para meses de fevereiro da série histórica do BC, que começa em 1995.


O saldo de recursos depositados na poupança somou em fevereiro R$ 326,96 bilhões. Em outubro do ano passado, o estoque total ultrapassou os R$ 300 bilhões pela primeira vez na história.


O resultado de fevereiro ficou abaixo do registrado em janeiro, quando a captação líquida foi de R$ 2,6 bilhões.


No mês passado, os depósitos somaram R$ 80,6 bilhões e os saques, R$ 78,27 bilhões. Os rendimentos totalizaram R$ 1,42 bilhão.


Em 2009, a captação líquida da poupança somou R$ 30,412 bilhões, o segundo melhor resultado da série histórica - atrás de 2007, quando somou R$ 33,379 bilhões. O resultado do ano passado superou 2008 em 71,2%.


A retomada dos investimentos na caderneta de poupança acompanha a recuperação do emprego e da economia brasileira nos últimos meses. Pesa também a queda na taxa básica de juros, que diminuiu a rentabilidade de vários fundos de investimento.


Bye-Bye Serra

Lambido do: com texto livre

Comparo,sim!! - 2


Dívida líquida do setor público - de FHC ao final do governo Lula


Este gráfico mostra como o Governo Lula pegou a “herança maldita” da dívida líquida do setor público, em 2002, com 51,3% do PIB.

Pelo movimento inercial do desastre que foi o governo FHC, a dívida atingiu 53,5% do PIB.

Após vencer o movimento inercial do desgoverno FHC, a dívida líquida do setor público não parou de cair.

Estava em 37,3% do PIB, em 2008, quando veio a crise mundial. Subiu a 43,0% em 2009.

A previsão é de que atinja 40,0% em 2010.

Fonte: Balanço de 3 anos do PAC – Abertura

Um "diálogo" ilustrativo com a Rede Globo



Novela das oito” da Rede Globo (“Viver a vida”): a cena se passa na Jordânia. É uma conversa entre duas moças que, no enredo, são modelos profissionais. Uma das personagens diz que vai sair para passear. A outra alerta, com evidente preocupação, sobre os perigos de uma caminhada solitária no local em que se encontram. Mas é imediatamente tranquilizada pela primeira personagem, que pondera: a Jordânia “é o país mais ocidentalizado da região.” Logo, sair por aí, à noite, não oferece tanto risco assim. Provavelmente a coisa seria bem diferente se a Jordânia fosse, digamos, um pouco menos “ocidental”, ou, o que dá no mesmo, um pouco mais “árabe”. Já imaginaram o perigo?

O diálogo provocou uma troca de e-mails entre a diretoria do Instituto de Cultura Árabe (ICArabe) e os responsáveis pelo setor de teledramaturgia da Rede Globo. Reproduzimos, abaixo, alguns trechos dessa troca, por ilustrar, de modo bastante didático e autoexplicativo, a maneira pela qual os “donos da mídia” encaram o exercício da liberdade de expressão e sua responsabilidade específica como divulgadores de informação, arte e cultura.

A primeira mensagem foi enviada pela diretoria do ICArabe em 13 de novembro de 2009:


“(…) Estranhamos muito o fato de que num dos capítulos recentes da “novela das oito”, um diálogo entre duas personagens que estão na Jordânia tenha dado vazão a um comentário extremamente preconceituoso, injusto e até mesmo racista sobre as sociedades “não ocidentais” em geral e sobre as sociedades árabes em particular. No referido diálogo, uma das personagens diz que vai sair para passear. A outra alerta, com evidente preocupação, sobre os perigos de uma caminhada solitária no local em que se encontram, para ser imediatamente tranquilizada pela primeira personagem, já que, segundo ela, a Jordânia “é o país mais ocidentalizado da região.”

O que, exatamente, querem os autores do roteiro dizer com uma afirmação tão estúpida, estapafúrdia e carente de qualquer sentido? Será necessário lembrar que em nosso país – até onde sabe, situado no “ocidente” – o índice anual de mortes violentas atinge, em média, a cifra de 40 mil ao ano, considerada pela ONU uma das mais elevadas do planeta?

Será necessário recordar que as maiores atrocidades já cometidas na história da humanidade – incluindo, entre muitos outros, o holocausto nazista e a bomba de Hiroshima – foram perpetrados por países “ocidentais”, e que nenhuma nação árabe ou “oriental” cometeu crime algum sequer comparável a tamanhas façanhas?

Aliás, como, exatamente, os senhores roteiristas definiriam o que é ser “ocidental” e o que é ser “oriental”? Lamento informar aos senhores roteiristas que o Deus “ocidental” nasceu no “oriente” (chame-se ele Jeová, Deus ou Alá), assim como o alfabeto, os algarismos e até mesmo o álcool com que, eventualmente, os senhores roteiristas abastecem os respectivos automóveis (ou encharcam o cérebro, antes de escrever tamanhas idiotices).

Será necessário informar aos senhores roteiristas que se existe alguma tradição permanente, duradoura e respeitada entre os povos árabes é a da hospitalidade, e que uma das faltas punidas com maior rigor é a agressão por motivos fúteis ou mundanos contra qualquer pessoa?”

No dia 30 de novembro, o Icarabe recebeu a seguinte resposta da Rede Globo:

“Nossas novelas pertencem ao gênero ficção, sem terem necessariamente nenhum vínculo com a realidade. São fundamentadas na liberdade de expressão e criação artística, amplamente amparada na nossa Constituição.

Dos personagem que lá – somente no universo fantasioso – “vivem” não se pode exigir padrão de comportamento algum, retidão de caráter, equilíbrio, fraternidade, respeito à diversidade – valores tão em falta no cotidiano real, aí sim razão de lamento.

Assim como de Shakespeare a Carlitos, uma novela não tem compromisso com o chamado “politicamente correto”. Embora, naturalmente, a maioria absoluta delas tenha um final considerado moralista.

Preocupa-nos muito uma tendência de querer-se resolver os problemas da realidade usando como plataforma o mundo do irreal.

A teledramaturgia está na categoria entretenimento. Mais do que, no campo do imaginário, como no caso, reproduzam preconceitos e clichês – inevitavelmente levando a uma positiva discussão pública –, indesejável é tentar transformar uma obra cultural em defesa de teses.

(…) Dentro dessa lógica, é importante ainda ressaltar que nossos folhetins apenas lançam temas para a reflexão das pessoas e não se propõem a influenciar comportamentos.

Aliás, felizmente, essa influência não existe. As pesquisas indicam que, assim como têm capacidade de discernimento a cada dois anos na urna eleitoral eletrônica, o telespectador-cidadão sabe distinguir claramente entre o que é novela ou realidade e se comporta de acordo com seus valores.

É a capacidade de livre-arbítrio que, se for desqualificada, atinge, mais do que um veículo de comunicação de massa, a democracia – que se baseia na capacidade de escolha das pessoas.”

Imediatamente, o ICArabe ofereceu a seguinte tréplica:

1.Fosse assim tão evidente a separação entre os vários gêneros apresentados pelos veículos de comunicação (isto é: telejornalismo, telenovela, programas de auditório, publicidade e propaganda etc.), jamais aconteceria um fenômeno como a propaganda nazista chefiada por Joseph Goebbels. (…)

2.Os senhores aceitariam um enredo que mostrasse, por exemplo, o papa católico mantendo relações homossexuais? Já que aquilo que pertence ao reino da ficção, segundo os senhores, não pode ser criticado, supomos que tal enredo passaria sem problema, certo? Ou, que tal, um enredo em que Adolf Hitler fosse mostrado como um sujeito equilibrado, sensato e razoável? Passaria pelo vosso crivo? Os senhores estão conscientes de que durante a transmissão da telenovela O Rei do Gado havia uma orientação expressa, por parte da direção da Rede Globo, no sentido de que jamais fosse mostrada uma bandeira do MST? Qual a razão? Segundo a lógica dos senhores, nenhuma!

3.Os senhores, certamente, sabem mais do que aquilo que pretendem mostrar em vossa resposta. Os senhores jogam com uma oposição absolutamente idiota, superada e maniqueísta entre “realidade” e “ficção”. Se os senhores realmente acreditam naquilo que escreveram, não podem ocupar cargos de responsabilidade em uma emissora do porte da Rede Globo. Vosso raciocínio primário, sofístico e elementar jamais conseguiria explicar como um show radiofônico de ficção – que, aliás, advertiu os seus ouvintes de que tudo o que seria narrado em seguida seria pura ficção, baseada em livro de H. G. Wells – conseguiu produzir pânico em 15 milhões de cidadãos estadunidenses, em 1938. Caso os senhores não saibam, estamos nos referindo, aqui, à célebre transmissão de Orson Welles pela rede CBS.


4.Tampouco os senhores podem explicar que, no caso de disputas eleitorais, cada vez mais vale a imagem projetada do candidato (isto é: pura ficção), muito mais do que seu programa político. Se os senhores não sabem que a performance, em nosso mundo, é tudo, e que a forma exerce predomínio absoluto sobre o conteúdo, então, mais uma vez, os senhores estão desqualificados para a função que exercem.

5.Finalmente: não há justificativa palatável, possível ou aceitável para atos de preconceito, segregação, racismo, discriminação cultural. Os senhores promoveram tudo isso com aquele simples e estúpido diálogo. Reiteramos o pedido de retratação, para evitar a adoção de medidas normativas junto à Justiça brasileira. ”

E a resposta final da Rede Globo, datada de 4 de dezembro:

“A escolha diária, a cada momento, do telespectador é um exercício de democracia, baseado na crença na capacidade de discernimento e no livre-arbítrio do cidadão.

Ameaçar a liberdade de expressão em nome de um comportamento que alguém considera politicamente correto na ficção é uma ameaça à democracia.

É ainda estranho verificar que segmentos que são vítimas de preconceito de certa forma realimentam esse sentimento ao fazerem o mesmo juízo de valor de quem descrimina.

É exatamente essa leitura que fazemos sobre a expressão “ocidentalização”, reconhecendo nela ela um caráter positivo que não é inerente a ela.

Neste aspecto, gostaríamos de nos despedir com a Constituição brasileira, nossa lei maior, que deve ser seguida por todos que moram no Brasil, independente de origem, credo, etnia ou gênero: “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”.

Nota-se, facilmente, que a Rede Globo não respondeu a qualquer dos argumentos esgrimidos pelo Icarabe. E mais: de forma cínica, inicia sua última resposta atribuindo ao telespectador uma suposta capacidade absoluta que escolher aquilo que quer ver, como se não houvesse monopólio dos meios de comunicação, e como se não existisse – pelo menos, desde Goebbels – uma “engenheira psicossocial” capaz de condicionar escolhas e estabelecer parâmetros de comportamento.

Em outros termos, para explicar o inexplicável e justificar o injustificável, os porta-vozes da Rede Globo são obrigado a assumir um discurso idiota e imaginar que os seus interlocutores sejam igualmente incapacitados do ponto de vista intelectual.

José Arbex Jr. é jornalista e diretor de Relações Nacionais e Internacionais do ICArabe.

Depois de ontem, em Minas..........

Tática furada

Há exatamente 4 anos, a oposição tentou tática semelhante a esse do Bolsa-Família.

Em 2006, eles elevaram o salário mínimo acima do proposto por Lula.

Intenção: obrigar o Lula a vetar e jogar sobre suas costas o ônus da negação.

Lula vetou e o povo compreendeu, já que NUNCA ANTES NA HISTÓRIA DESSE PAÍS o salário mínimo foi tão alto.

O jogo do "prêmio" pela alta nota do aluno é também uma faca de dois gumes.

Dando mais dinheiro aos alunos com notas mais altas, não induzirá a família a exigir muito desses crianças?

E se a criança tirar boas notas uns 3 meses, o salário da família aumentar, e as notas voltarem a cair e o salário voltar a cair?

A pressão sobre essa criança será imensurável.

A carga será enorme.

Sou totalmente contra.

Dentista e escola, sim! Boas notas em troca de dinheiro, não!

Por: Aguinaldo Munhoz

E.T: o Projeto é de um Senador Tucano

Saia justa: Em ninho tucanao: nem eles querem Serra


Ao lado de Serra, Aécio diz que Minas é sua pátria e ouve gritos de ‘presidente’

Mineiro recebeu políticos em inauguração de nova sede do governo.
Um dia antes, ele recusou proposta de ser vice em chapa com Serra.

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), voltou a indicar nesta quinta-feira (4) sua opção por uma participação regional nas eleições deste ano, apesar do desejo de muitas lideranças oposicionistas para que seja candidato a vice-presidente. O governador disse ainda que não cogita voltar à disputa presidencial caso a candidatura Serra não se concretize.

“Minas é minha causa, minha casa, meu chão. Minas é minha pátria”, disse durante inauguração da nova sede administrativa do governo mineiro. Em resposta, o público gritou “Aécio presidente”. Em dezembro, o governador abriu mão publicamente de suas pretensões de ser o candidato do PSDB à Presidência nas eleições deste ano.

Leia notícia completa no site do G1

Comentário do Aguinaldo: Quem assitiu,ontem, o Jornal do SBT ( o único que trata do assunto eleições diretamente) ficou clara , e até comentada pelo Nascimento, a situação constrangedora que ficou Serra.

Lambido do Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim

charge on line - Bessinha


Almirante do Tietê a vista !

Os erros solitários de um candidato

por Maria Inês Nassif, no Valor.

A pesquisa Datafolha do último fim de semana, que já registra o empate técnico entre o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), candidato a presidente em 2002 e agora, e a ministra Dilma Rousseff (PT), nunca antes candidata, não é o resultado de uma estratégia equivocada de Serra – que no ano passado era o favorito à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva -, mas de uma total ausência de estratégia.

Serra considerou seu favoritismo nas pesquisas como um fato dado, sem possibilidade de reversão. Errou. Contra, aliás, a opinião de uma boa parte dos seus aliados, de que deveria entrar em campo na disputa sucessória – oficialmente – ainda no final do ano passado, quando as pesquisas já apontavam uma subida sustentada de Dilma nas pesquisas.

O fato de Serra poder errar solitariamente como candidato não de um, mas de dois partidos – PSDB e DEM estão juntos nessa desde a eleição do próprio Serra para a prefeitura de São Paulo, em 2004 -, é um sério indicativo das limitações partidárias de sua candidatura. O PSDB é um partido de quadros, mas os quadros são cada vez mais escassos e não são substituídos por novas lideranças, nem por uma ligação mais orgânica com setores da sociedade dos quais é representante.

A tendência, em partidos de coesão frouxa, é que a unidade aconteça apenas em ocasiões eleitorais em que haja uma inegável chance de um líder do partido arrebatar o poder pelo voto. Serra era esse líder no ano passado. A contradição desse tipo de aglomeração partidária é que uma perspectiva clara de poder consegue comprometer o partido por inteiro, mas o espaço para decisões coletivas em relação a uma candidatura é sempre restrito. O candidato tem uma espécie de poder presidencialista sobre sua campanha e o exerce como se fosse o síndico do partido: toma as decisões por delegação. Se é bem sucedido, obtém apoios e mantém uma certa coesão em torno de seu nome. Quando decresce nas intenções de voto, todavia, corre o risco de ser o síndico de uma massa inorgânica e ficar isolado na disputa. O governador de São Paulo se arrisca ao isolamento, antes mesmo de resolver assumir oficialmente a sua candidatura, se não conseguir reverter as pesquisas.

Essa não é uma situação inusitada no PSDB. Nas eleições de 1989, as primeiras diretas para presidente depois de um período de ditadura, o partido praticamente obrigou o então senador Mário Covas a se candidatar a presidente, como uma missão para tornar o recém-criado PSDB conhecido do eleitor. Como não deslanchou, Covas terminou as eleições praticamente sozinho. Em compensação, munido de sua delegação presidencialista, conseguiu passar por cima das resistências dos demais líderes tucanos e apoiou o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, no segundo turno eleitoral, contra as pretensões de Fernando Collor de Mello, do PRN, partido de ocasião que o elegeu presidente.

Nas eleições de 2002, o candidato José Serra atropelou o outro pretendente do PSDB à Presidência – o senador Tasso Jereissati (CE), hoje uma possibilidade para compor a chapa de Serra como vice – e saiu candidato à sucessão do tucano Fernando Henrique Cardoso. Quando ficou claro que sua candidatura não deslanchava, um movimento no interior do partido ganhou o próprio mercado financeiro, que começou a especular em torno de sua substituição como candidato. O país sofreu um “efeito Serra” na economia antes mesmo de se intensificar o “efeito Lula” que levou o dólar às alturas, frente ao real.

Especulou-se ativamente com a derrota do candidato tucano antes mesmo de se iniciar oficialmente o processo eleitoral. Serra não foi substituído, mas sua candidatura não decolou. Foi derrotado pelo PT de Luiz Inácio Lula da Silva depois de percorrer o caminho que Geraldo Alckmin faria também nas eleições seguintes, as de 2006: teve nas mãos uma “delegação presidencialista” na campanha eleitoral, com enorme autonomia em relação ao partido na definição de estratégias política e, nas vésperas da derrota, amargou o isolamento. Quando se configura a derrota, ocorre, via de regra, o descolamento das eleições estaduais do partido em relação ao candidato presidencial. Os candidatos nos Estados preservam seus redutos, a despeito dos interesses da candidatura presidencial.

Nos dois governos de Fernando Henrique Cardoso, as condições para a vitória se localizaram fora do partido: o Plano Real, engendrado por um núcleo tucano de economistas e posteriormente com paternidade assumida pelo ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso; e a continuidade de um governo que havia estabilizado a economia. O projeto de poder foi solidificado porque ganhou organicidade quando coincidiu com o de um setor da sociedade que emergia, na esteira de uma proposta liberal de organização econômica assumida pelo plano lançado no governo Itamar Franco e aprofundado nos dois governos de FHC. Nas duas eleições seguintes, que levaram e reconduziram Lula ao poder, os interesses dos grupos sociais que estabeleceram relações orgânicas com o PSDB e seu aliado, o DEM, foram definidos mais por oposição ao projeto político do PT do que propriamente por relações umbilicais com os dois partidos. A organicidade foi estabelecida de fora para dentro.

O problema da falta de coesão interna é que o partido consegue se manter como representante ideológico de setores sociais só quando se configura como a antítese de projetos de poder dos setores que a eles se opõem. Assim, precisa ter candidatos altamente competitivos porque, dividido, tem fracas possibilidades de construir candidaturas e lideranças novas. E, nos intervalos eleitorais, tem que suprir a ausência de organicidade por um discurso agressivo, quase ofensivo, que o possa manter como a antítese do poder vigente, aquele que polariza com um outro projeto de poder.

A dificuldade de formulação de programas alternativos a um que está no poder decorre das limitações de um partido com elos internos frouxos. Por “delegação presidencialista” ao candidato nacional, a proposta doutrinária acaba se originando na campanha do postulante à Presidência, não é uma formulação partidária. Assim, a doutrina acaba servindo muito pouco à coesão interna e à elaboração orgânica de um programa como representante dos interesses de determinados grupos sociais. Daí, volta a prevalecer o bate-boca como instrumento de campanha, em substituição ao debate programático.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Comparo, sim!! -1


Inflação: metas e resultados (Fonte: Balanço PAC - Fev/2010)


A comparação da Inflação nos governos FHC e Lula mostra, claramente, que não houve continuidade.

Se tivesse ocorrido, a inflação iria para um patamar muito mais elevado no Governo Lula.

Fonte: Balanço 3 anos do PAC – Abertura

Até a vitória uai


- Alô.

- Governador, prazer falar com o senhor.

- O prazer é meu, Marco.


- Sei que está muito ocupado com o assédio do PSDB nacional por isso vou ser breve. O senhor vai ou não vai aceitar ser vice na chapa puro-sangue do PSDB?


- Hahaha. Já disse isso e vou repetir: como posso fazer parte de uma chapa puro-sangue se sou mestiço?


- Mas o seu partido está em vias de naufragar.


- Essa é apenas uma impressão falsa. Na minha avaliação, ao contrário, o partido está em vias de se refundar. A política brasileira não pode ser pautada pelos paulistas e seus intereses, exclusivamente. Isso é contra o pacto federativo e contra os desígnios de uma nação que se pretende justa e igualitária. Tive uma conversa franca com o futuro governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, quando lançamos a candidatura dele à presidência, aqui no estado, em 2006. Ele ficou admirado com a presença e a lealdade dos mineiros. É assim que nós fazemos política, com franqueza e lealdade, sem conchavos. Naquela ocasião, seguiamos de ônibus pelas ruas de Belo Horizonte e ele, bastante amargurado, se queixava que estava sendo boicotado pelo próprio partido. Oras, como isso é possível? Isso não é política, isso é trapaça, conchavo, compadrio...


- Quer dizer então que ser vice de Serra está descartado?


- Veja bem, sou mais útil ao meu estado, Minas, ao meu país e ao meu partido se me lançar candidato ao senado. Tenho certeza que, como candidato ao senado, tenho condições de percorrer Minas e criar uma verdadeira onda de alianças em torno da candidatura nacional do partido. A verdadeira política se faz, primeiro, localmente.


- Mas o senhor não acha que a derrota do PSDB...


- Como derrota? Estamos em março! As eleições são só em outubro, o primeiro turno, e em novembro, o segundo. Ninguém ganha eleição de véspera. O calendário eleitoral só vai ser definido de fato depois da Copa do Mundo. Até lá os brasileiros estarão apenas observando.Vamos fazer uma campanha séria, inflamar nossa militância para alcançar a vitória. Esse é o nosso projeto aqui em Minas.


- Muito obrigado, Governador. Posso divulgar nossa conversa no blog?


- Faça como tem feito toda vez que conversa com um político, se perguntarem, negue. Um abraço e até a vitória!


- Obrigado Governador.

By: DoLadoDeLá

Por que essa carinha feia?

No País da piada pronta


O Diplomata


Da Coluna do Cláudio Humberto (Ecaaaa!!!)

ARTHUR VIRGÍLIO NO ITAMARATY

Diplomata afastado da carreira, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM, foto) se matriculou no Curso de Altos Estudos do Instituto Rio Branco, para se habilitar à promoção a ministro de segunda classe, no Ministério das Relações Exteriores. Ele hoje é conselheiro. Mas nega que seja o plano B de quem não aposta nas próprias possibilidades eleitorais. O líder tucano garante que só deseja se aprimorar na carreira. A tese de Virgílio está pronta para defesa oral: “A influência do Congresso na formulação da política externa, de Rio Branco a Lula.”

Opinião do contramaré: Este cidadão em toda história de sua vida sempre teve tendecia para a diplomacia e o bom relacionamento... Epa! Não foi ele que disse que iria dar uma surra em Lula? Grande diplomata!!!

Quem é a Devassa?


Foi um massacre a reação da mídia contra a decisão do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) de suspender a exibição de propaganda da cervejaria Schincariol que se utilizou da bombshell Paris Hilton para promover o lançamento de sua cerveja batizada como “Devassa”.

Nos jornais e em dezenas de sites e blogs ligados aos grandes meios de comunicação, a reação foi de uma ironia uníssona por conta de uma medida tida como “moralista”. Os tantos textos nesse sentido parecem ter sido escritos todos pela mesma pessoa.

A tese pseudo liberal seria a de que em um país de sensualidade marcada de suas mulheres e no qual várias outras propagandas de cerveja apelam para a sensualidade mostrando mulheres de “fio-dental” na praia, seria ridículo proibir a propaganda da cerveja Devassa por conta das poses sensuais de Paris em um comportado “tubinho” preto.

O Conar deliberou nesse sentido por moto próprio e também sob denúncias de consumidores e da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, órgão do governo vinculado à Presidência da República. Ter um órgão do governo Lula vinculado à decisão do órgão regulador gerido pelo setor publicitário foi o que bastou para começar a gritaria midiática sobre “censura”.

Particularmente, sou contra o moralismo. E se, de fato, formos analisar a indumentária de Paris Hilton na propaganda proibida, veremos que, em termos de permissividade, nem se compara aos trajes de praia das propagandas das outras cervejarias, as quais encasquetaram que devem associar o consumo de álcool a jovens saudáveis e de corpos “sarados” divertindo-se saudavelmente na praia.

Contudo, a meu ver é escandalosamente claro que a propaganda da Schincariol é mais inaceitável do que as outras. Apesar de ser absurdo associar jovens saudáveis a consumo de álcool, isso vem sendo feito de forma a não denegrir grupos sociais ou de gênero. Jovens usarem roupa de banho na praia é um comportamento absolutamente normal. Exaltar a devassidão de uma mulher, não.

Uma mulher devassa é uma mulher libertina. Conforme explica o Houaiss, libertino é aquele que leva uma vida dissoluta, que se entrega imoderadamente aos prazeres do sexo, que revela irreverência a regras e dogmas estabelecidos, especialmente à religião e à prática desta, que não tem disciplina e que negligencia deveres e obrigações.

Quando uma propaganda de cerveja diz que a Juliana Paes é “boa”, é por ela ser bonita. E quando a exibe na praia em trajes que qualquer moça de vida regrada usa, não vejo estímulo a comportamentos degradantes como o da foto acima, feita no âmbito da campanha publicitária em que logo em seu lançamento a protagonista fica “de quatro” em uma festa com uma lata de cerveja na mão.

Essa gritaria midiática contra uma medida correta de proteção à imagem da mulher e contrária ao estímulo a comportamentos degradantes como a devassidão pode até ser prestação de serviço à cervejaria que fez a propaganda. Contudo, o fato de se poder usar a decisão do Conar para atacar mais um pouquinho o governo, deve ter pesado muito.

Convenhamos: se existe alguma devassa nessa história é essa mídia que só pensa “naquilo” – em atacar este governo por qualquer meio possível e imaginável.

Escrito por Eduardo Guimarães

quarta-feira, 3 de março de 2010

Casa Civil responde à Folha


Resposta da Casa Civil da Presidência da República a propósito da manchete do jornal Folha de S.Paulo desta terça-feira (2):

1. São infundadas e inaceitáveis as acusações do jornal Folha de S. Paulo (02.03.2010) a respeito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Se existe "maquiagem" ou tentativa de "esconder" informações em relação ao PAC, ela está na reportagem do jornal, e não nos balanços periódicos do Programa.

2. A Casa Civil da Presidência da República reitera que não há hipótese de manipulação das informações dos nove relatórios do PAC. Os balanços são transparentes e sempre foram amplamente divulgados e exaustivamente analisados pela imprensa. Tanto é assim que, a partir deles, a própria Folha pode fazer sua pesquisa e sua pauta para a elaboração da reportagem. Além disto, os dados estão disponíveis a qualquer interessado na internet.

3. Todas as alterações de cronogramas das ações do PAC estão registradas nos balanços, como, aliás, admite a própria Folha ao longo do texto: "(...) em consultas ao primeiro balanço oficial do PAC, de maio de 2007, e aos oito seguintes (...) descobre-se que muitas das obras (...) passaram por uma revisão de metas e tiveram seu prazo de conclusão dilatado..."

4. Os balanços do PAC sempre fizeram referência às ações desenvolvidas dentro do Programa, classificando seu andamento como "adequado", "atenção" ou "preocupante" de acordo com os riscos apresentados à execução de cada uma.

5. Mesmo alertada sobre esse critério objetivo, a Folha optou pelo caminho da manipulação ao selecionar uma amostra parcial de 75 ações do primeiro balanço (de um total de 1.646) para concluir, de maneira premeditada, que 75% das ações do PAC estão atrasadas. A Folha erra ao tomar o resultado de uma amostra e aplicar o percentual sobre o total de ações.

6. O fato é que das 2.471 ações monitoradas, metade foi concluída, 44% estão com ritmo adequado de execução, 5% em atenção e 1% em situação preocupante. Se metade foi concluída, como poderia haver 75% atrasadas?

7. A verdade é que, em valor, 40,3% das ações foram concluídas, representando investimentos de R$ 256,9 bilhões. Somados às ações em andamento, os investimentos do PAC, de 2007 a 2009, totalizaram R$ 403,8 bilhões - 63,3% da meta até o final de 2010.

8. Já o desmembramento de algumas ações (que o jornal chama de "fatiamento") deve-se a sua complexidade e visa a aprimorar seu monitoramento. É o caso, por exemplo, da duplicação da BR 101 Nordeste, obra de mais de 1.000 Km de extensão, atravessando seis estados, e com diferentes estágios de execução.

Assessoria de imprensa da Casa Civil

Governos neoliberais do PSDB e do DEM usam recursos do SUS para "ajuste fiscal"


Governos neoliberais do PSDB e do DEM usam recursos do SUS para "ajuste fiscal"
A denúncia da revista CartaCapital é grave. Os governos de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, todos do PSDB, e ainda o governo do Distrito Federal (ex-PFL, hoje DEM), nos últimos quatro anos vêm desviando recursos do Sistema único de Saúde (SUS) para aplicações no mercado financeiro. É o choque de gestão neoliberal, conforme dita a cartilha de déficit zero, mesmo que em detrimento do atendimento da saúde pública de 74,8 milhões de pessoas.

Segundo a revista CartaCapital, as irregularidades - eu diria verdadeiro escândalo contra a saúde do povo – foram constatadas pelos técnicos do Departamento Nacional de Auditorias do Sistema Único de Saúde (Denasus), do Ministério da Saúde.

As verbas públicas estão sendo aplicadas de modo ilegal no sistema financeiro. Os quatro estados causaram um prejuízo de R$ 6,5 bilhões ao SUS. Sem falar nas conseqüências sérias na saúde dos usuários do SUS – exatamente os brasileiros mais pobres.

Em resumo, a gestão demo-tucana faz a opção da acumulação de capital em detrimento das políticas sociais. O PSDB e o DEM dão prioridade à ciranda financeira, seus parlamentares fazem denúncias vazias contra o Ministério da Saúde, enquanto seus governos sabotam o SUS desviando verbas da assistência básica de saúde e dos medicamentos para a ciranda financeira, durante longos período e de forma cumulativa.

Não é só uma questão de política, é uma questão de crime contra a saúde pública.

Fatalmente, esse assunto será abordado durante a campanha eleitoral. Quem precisa do SUS não deve permitir a volta daqueles que sabotam o SUS. Os governos do DEM e do PSDB estão aplicando verbas federais em CDBs e não no serviço de atendimento.

Advinhem de onde o governador Arruda (o que está preso) estava desviando dinheiro...


# posted by Oldack Miranda

A grande mídia e os direitos humanos parciais


Onde estão os defensores dos Direitos Humanos destes rapazes palestinos? Ah, os agressores são israelenses... os coitadinhos sofreram na 2ª guerra... Eles podem!
Por: Contramaré

Bachelet: Ida de Lula ao Chile demonstra liderança mundial do presidente


A presidente do Chile, Michelle Bachelet, elogiou ontem (1º) a rápida visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a decisão do Brasil de enviar hospitais de campanha da Marinha e equipe de resgatistas (profissionais de saúde) ao país. Segundo ela, isso demonstra o “grande líder mundial e na América Latina” que o brasileiro representa. Lula estendeu a viagem do Uruguai para o Chile, a fim de oferecer apoio ao governo chileno e às vítimas do terremoto do último sábado (27).

“Essa atitude do presidente Lula não é apenas a oferecer de assistência, mas de vir aqui [a Santiago, capital do Chile] pessoalmente para manifestar sua preocupação, suas condolências pela perda de vidas e seu apoio, nós realmente apreciamos infinitamente”, afirmou Bachelet, depois de se reunir com o presidente brasileiro.

Em seguida, a chilena acrescentou que “os chilenos estão honrados e muito gratos”. Para ela, essa reação de Lula indica o que ele representa para a América Latina e o restante do mundo. “Demonstra mais uma vez o grande líder mundial e na América Latina e grande amigo que é ele.”

Bachelet e Lula se reuniram durante cerca de uma hora, quando discutiram as consequências do terremoto que atingiu as regiões do Centro e Sul do país. Com 8,8 graus na Escala Richter, foi considerado o pior tremor dos últimos 50 anos. Pelo menos 723 pessoas morreram, há desaparecidos e feridos. Não existem informações de brasileiros entre as vítimas por enquanto.

Segundo a presidente do Chile, hoje (2) deve chegar o primeiro avião enviado pelo governo do Brasil levando um hospital de campanha da Marinha e material de apoio. “Isso demonstra a grande amizade e solidariedade do povo e do governo do Brasil e do presidente Lula, em particular ,com a tragédia que o Chile está vivendo”, disse Bachelet.

Agência Brasil

"Não aceitem o terrorismo político"



A eleição (presidencial) não vai causar um cenário de terrorismo político no Brasil porque quem quer que seja eleito este ano não poderá “estragar o que está construído no País”, afirmou o presidente Lula durante almoço com dirigentes da Anfavea, em São Paulo. “No momento certo, eu tenho certeza de que isso vai ficar claro para a sociedade brasileira.”

Grande mídia organiza campanha contra candidatura de Dilma

Em seminário promovido pelo Instituto Millenium em SP, representantes dos principais veículos de comunicação do país afirmaram que o PT é um partido contrário à liberdade de expressão e à democracia. Eles acreditam que se Dilma for eleita o stalinismo será implantado no Brasil. “Então tem que haver um trabalho a priori contra isso, uma atitude de precaução dos meios de comunicação. Temos que ser ofensivos e agressivos, não adianta reclamar depois”, sentenciou Arnaldo Jabor.

por Bia Barbosa, em Carta Maior

Se algum estudante ou profissional de comunicação desavisado pagou os R$ 500,00 que custavam a inscrição do 1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão, organizado pelo Instituto Millenium, acreditando que os debates no evento girariam em torno das reais ameaças a esses direitos fundamentais, pode ter se surpreendido com a verdadeira aula sobre como organizar uma campanha política que foi dada pelos representantes dos grandes veículos de comunicação nesta segunda-feira, em São Paulo.

Promovido por um instituto defensor de valores como a economia de mercado e o direito à propriedade, e que tem entre seus conselheiros nomes como João Roberto Marinho, Roberto Civita, Eurípedes Alcântara e Pedro Bial, o fórum contou com o apoio de entidades como a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), ANER (Associação Nacional de Editores de Revista), ANJ (Associação Nacional de Jornais) e Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade). E dedicou boa parte das suas discussões ao que os palestrantes consideram um risco para a democracia brasileira: a eleição de Dilma Rousseff.

A explicação foi inicialmente dada pelo sociólogo Demétrio Magnoli, que passou os últimos anos combatendo, nos noticiários e páginas dos grandes veículos, políticas de ação afirmativa como as cotas para negros nas universidades. Segundo ele, no início de sua história, o PT abrangia em sua composição uma diversidade maior de correntes, incluindo a presença de lideranças social-democratas. Hoje, para Magnoli, o partido é um aparato controlado por sindicalistas e castristas, que têm respondido a suas bases pela retomada e restauração de um programa político reminiscente dos antigos partidos comunistas.

“Ao longo das quatro candidaturas de Lula, o PT realizou uma mudança muito importante em relação à economia. Mas ao mesmo tempo em que o governo adota um programa econômico ortodoxo e princípios da economia de mercado, o PT dá marcha ré em todos os assuntos que se referem à democracia. Como contraponto à adesão à economia de mercado, retoma as antigas idéias de partido dirigente e de democracia burguesa, cruciais num ideário anti-democrático, e consolida um aparato partidário muito forte que reduz brutalmente a diversidade política no PT. E este movimento é reforçado hoje pelo cenário de emergência do chavismo e pela aliança entre Venezuela e Cuba”, acredita. “O PT se tornou o maior partido do Brasil como fruto da democracia, mas é ambivalente em relação a esta democracia. Ele celebra a Venezuela de Chávez, aplaude o regime castrista em seus documentos oficiais e congressos, e solta uma nota oficial em apoio ao fechamento da RCTV”, diz.

A RCTV é a emissora de TV venezuelana que não teve sua concessão em canal aberto renovada por descumprir as leis do país e articular o golpe de 2000 contra o presidente Hugo Chávez, cujo presidente foi convidado de honra do evento do Instituto Millenium. Hoje, a RCTV opera apenas no cabo e segue enfrentando o governo por se recusar a cumprir a legislação nacional. Por esta atitude, Marcel Granier é considerado pelos organizadores do Fórum um símbolo mundial da luta pela liberdade de expressão – um direito a que, acreditam, o PT também é contra.

“O PT é um partido contra a liberdade de expressão. Não há dúvidas em relação a isso. Mas no Brasil vivemos um debate democrático e o PT, por intermédio do cerceamento da liberdade de imprensa, propõe subverter a democracia pelos processos democráticos”, declarou o filósofo Denis Rosenfield. “A idéia de controle social da mídia é oficial nos programas do PT. O partido poderia ter se tornado social-democrata, mas decidiu que seu caminho seria de restauração stalinista. E não por acaso o centro desta restauração stalinista é o ataque verbal à liberdade de imprensa e expressão”, completou Magnoli.

O tal ataque

Para os pensadores da mídia de direita, o cerco à liberdade de expressão não é novidade no Brasil. E tal cerceamento não nasce da brutal concentração da propriedade dos meios de comunicação característica do Brasil, mas vem se manifestando há anos em iniciativas do governo Lula, em projetos com o da Ancinav, que pretendia criar uma agência de regulação do setor audiovisual, considerado “autoritário, burocratizante, concentracionista e estatizante” pelos palestrantes do Fórum, e do Conselho Federal de Jornalistas, que tinha como prerrogativa fiscalizar o exercício da profissão no país.

“Se o CFJ tivesse vingado, o governo deteria o controle absoluto de uma atividade cuja liberdade está garantida na Constituição Federal. O veneno antidemocrático era forte demais. Mas o governo não desiste. Tanto que em novembro, o Diretório Nacional do PT aprovou propostas para a Conferência Nacional de Comunicação defendendo mecanismos de controle público e sanções à imprensa”, avalia o articulista do Estadão e conhecido membro da Opus Dei, Carlos Alberto Di Franco.

“Tínhamos um partido que passou 20 anos fazendo guerra de valores, sabotando tentativas, atrapalhadas ou não, de estabilização, e que chegou em 2002 com chances de vencer as eleições. E todos os setores acreditaram que eles não queriam fazer o socialismo. Eles nos ofereceram estabilidade e por isso aceitamos tudo”, lamenta Reinaldo Azevedo, colunista da revista Veja, que faz questão de assumir que Fernando Henrique Cardoso está à sua esquerda e para quem o DEM não defende os verdadeiros valores de direita. “A guerra da democracia do lado de cá esta sendo perdida”, disse, num momento de desespero.

O deputado petista Antonio Palocci, convidado do evento, até tentou tranqüilizar os participantes, dizendo que não vê no horizonte nenhum risco à liberdade de expressão no Brasil e que o Presidente Lula respeita e defende a liberdade de imprensa. O ministro Hélio Costa, velho amigo e conhecido dos donos da mídia, também. “Durante os procedimentos que levaram à Conferência de Comunicação, o governo foi unânime ao dizer que em hipótese alguma aceitaria uma discussão sobre o controle social da mídia. Isso não será permitido discutir, do ponto de vista governamental, porque consideramos absolutamente intocável”, garantiu.

Mas não adiantou. Nesta análise criteriosa sobre o Partido dos Trabalhadores, houve quem teorizasse até sobre os malefícios da militância partidária. Roberto Romano, convidado para falar em uma mesa sobre Estado Democrático de Direito, foi categórico ao atacar a prática política e apresentar elementos para a teoria da conspiração que ali se construía, defendendo a necessidade de surgimento de um partido de direita no país para quebrar o monopólio progressivo da esquerda.

“O partido de militantes é um partido de corrosão de caráter. Você não tem mais, por exemplo, juiz ou jornalista; tem um militante que responde ao seu dirigente partidário (...) Há uma cultura da militância por baixo, que faz com que essas pessoas militem nos órgãos públicos. E a escolha do militante vai até a morte. (...) Você tem grupos políticos nas redações que se dão ao direito de fazer censura. Não é por acaso que o PT tem uma massa de pessoas que considera toda a imprensa burguesa como criminosa e mentirosa”, explica.

O “risco Dilma”

Convictos da imposição pelo presente governo de uma visão de mundo hegemônica e de um único conjunto de valores, que estaria lentamente sedimentando-se no país pelas ações do Presidente Lula, os debatedores do Fórum Democracia e Liberdade de Expressão apresentaram aos cerca de 180 presentes e aos internautas que acompanharam o evento pela rede mundial de computadores os riscos de uma eventual eleição de Dilma Rousseff. A análise é simples: ao contrário de Lula, que possui uma “autonomia bonapartista” em relação ao PT, a sustentação de Dilma depende fundamentalmente do Partido dos Trabalhadores. E isso, por si só, já representa um perigo para a democracia e a liberdade de expressão no Brasil.

“O que está na cabeça de quem pode assumir em definitivo o poder no país é um patrimonialismo de Estado. Lula, com seu temperamento conciliador, teve o mérito real de manter os bolcheviques e jacobinos fora do poder. Mas conheço a cabeça de comunistas, fui do PC, e isso não muda, é feito pedra. O perigo é que a cabeça deste novo patrimonialismo de estado acha que a sociedade não merece confiança. Se sentem realmente superiores a nós, donos de uma linha justa, com direito de dominar e corrigir a sociedade segundo seus direitos ideológicos”, afirma o cineasta e comentarista da Rede Globo, Arnaldo Jabor. “Minha preocupação é que se o próximo governo for da Dilma, será uma infiltração infinitas de formigas neste país. Quem vai mandar no país é o Zé Dirceu e o Vaccarezza. A questão é como impedir politicamente o pensamento de uma velha esquerda que não deveria mais existir no mundo”, alerta Jabor.

Para Denis Rosenfield, ao contrário de Lula, que ganhou as eleições fazendo um movimento para o centro do espectro político, Dilma e o PT radicalizaram o discurso por intermédio do debate de idéias em torno do Programa Nacional de Direitos Humanos 3, lançado pelo governo no final do ano passado. “Observamos no Brasil tendências cada vez maiores de cerceamento da liberdade de expressão. Além do CFJ e da Ancinav, tem a Conferência Nacional de Comunicação, o PNDH-3 e a Conferência de Cultura. Então o projeto é claro. Só não vê coerência quem não quer”, afirma. “Se muitas das intenções do PT não foram realizadas não foi por ausência de vontades, mas por ausência de condições, sobretudo porque a mídia é atuante”, admite.

Hora de reagir

E foi essa atuação consistente que o Instituto Millenium cobrou da imprensa brasileira. Sair da abstração literária e partir para o ataque.
“Se o Serra ganhasse, faríamos uma festa em termos das liberdades. Seria ruim para os fumantes, mas mudaria muito em relação à liberdade de expressão. Mas a perspectiva é que a Dilma vença”, alertou Demétrio Magnoli.

“Então o perigo maior que nos ronda é ficar abstratos enquanto os outros são objetivos e obstinados, furando nossa resistência. A classe, o grupo e as pessoas ligadas à imprensa têm que ter uma atitude ofensiva e não defensiva. Temos que combater os indícios, que estão todos aí. O mundo hoje é de muita liberdade de expressão, inclusive tecnológica, e isso provoca revolta nos velhos esquerdistas. Por isso tem que haver um trabalho a priori contra isso, uma atitude de precaução. Senão isso se esvai. Nossa atitude tem que ser agressiva”, disse Jabor, convocando os presentes para a guerra ideológica.

“Na hora em que a imprensa decidir e passar a defender os valores que são da democracia, da economia de mercado e do individualismo, e que não se vai dar trela para quem quer a solapar, começaremos a mudar uma certa cultura”, prevê Reinaldo Azevedo.

Um último conselho foi dado aos veículos de imprensa: assumam publicamente a candidatura que vão apoiar. Espera-se que ao menos esta recomendação seja seguida, para que a posição da grande mídia não seja conhecida apenas por aqueles que puderam pagar R$ 500,00 pela oficina de campanha eleitoral dada nesta segunda-feira.
Bia Barbosa: Grande mídia organiza campanha contra candidatura de Dilma
Atualizado e Publicado em 02 de março de 2010 às 12:53

Em seminário promovido pelo Instituto Millenium em SP, representantes dos principais veículos de comunicação do país afirmaram que o PT é um partido contrário à liberdade de expressão e à democracia. Eles acreditam que se Dilma for eleita o stalinismo será implantado no Brasil. “Então tem que haver um trabalho a priori contra isso, uma atitude de precaução dos meios de comunicação. Temos que ser ofensivos e agressivos, não adianta reclamar depois”, sentenciou Arnaldo Jabor.

por Bia Barbosa, em Carta Maior

Se algum estudante ou profissional de comunicação desavisado pagou os R$ 500,00 que custavam a inscrição do 1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão, organizado pelo Instituto Millenium, acreditando que os debates no evento girariam em torno das reais ameaças a esses direitos fundamentais, pode ter se surpreendido com a verdadeira aula sobre como organizar uma campanha política que foi dada pelos representantes dos grandes veículos de comunicação nesta segunda-feira, em São Paulo.

Promovido por um instituto defensor de valores como a economia de mercado e o direito à propriedade, e que tem entre seus conselheiros nomes como João Roberto Marinho, Roberto Civita, Eurípedes Alcântara e Pedro Bial, o fórum contou com o apoio de entidades como a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), ANER (Associação Nacional de Editores de Revista), ANJ (Associação Nacional de Jornais) e Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade). E dedicou boa parte das suas discussões ao que os palestrantes consideram um risco para a democracia brasileira: a eleição de Dilma Rousseff.

A explicação foi inicialmente dada pelo sociólogo Demétrio Magnoli, que passou os últimos anos combatendo, nos noticiários e páginas dos grandes veículos, políticas de ação afirmativa como as cotas para negros nas universidades. Segundo ele, no início de sua história, o PT abrangia em sua composição uma diversidade maior de correntes, incluindo a presença de lideranças social-democratas. Hoje, para Magnoli, o partido é um aparato controlado por sindicalistas e castristas, que têm respondido a suas bases pela retomada e restauração de um programa político reminiscente dos antigos partidos comunistas.

“Ao longo das quatro candidaturas de Lula, o PT realizou uma mudança muito importante em relação à economia. Mas ao mesmo tempo em que o governo adota um programa econômico ortodoxo e princípios da economia de mercado, o PT dá marcha ré em todos os assuntos que se referem à democracia. Como contraponto à adesão à economia de mercado, retoma as antigas idéias de partido dirigente e de democracia burguesa, cruciais num ideário anti-democrático, e consolida um aparato partidário muito forte que reduz brutalmente a diversidade política no PT. E este movimento é reforçado hoje pelo cenário de emergência do chavismo e pela aliança entre Venezuela e Cuba”, acredita. “O PT se tornou o maior partido do Brasil como fruto da democracia, mas é ambivalente em relação a esta democracia. Ele celebra a Venezuela de Chávez, aplaude o regime castrista em seus documentos oficiais e congressos, e solta uma nota oficial em apoio ao fechamento da RCTV”, diz.

A RCTV é a emissora de TV venezuelana que não teve sua concessão em canal aberto renovada por descumprir as leis do país e articular o golpe de 2000 contra o presidente Hugo Chávez, cujo presidente foi convidado de honra do evento do Instituto Millenium. Hoje, a RCTV opera apenas no cabo e segue enfrentando o governo por se recusar a cumprir a legislação nacional. Por esta atitude, Marcel Granier é considerado pelos organizadores do Fórum um símbolo mundial da luta pela liberdade de expressão – um direito a que, acreditam, o PT também é contra.

“O PT é um partido contra a liberdade de expressão. Não há dúvidas em relação a isso. Mas no Brasil vivemos um debate democrático e o PT, por intermédio do cerceamento da liberdade de imprensa, propõe subverter a democracia pelos processos democráticos”, declarou o filósofo Denis Rosenfield. “A idéia de controle social da mídia é oficial nos programas do PT. O partido poderia ter se tornado social-democrata, mas decidiu que seu caminho seria de restauração stalinista. E não por acaso o centro desta restauração stalinista é o ataque verbal à liberdade de imprensa e expressão”, completou Magnoli.

O tal ataque

Para os pensadores da mídia de direita, o cerco à liberdade de expressão não é novidade no Brasil. E tal cerceamento não nasce da brutal concentração da propriedade dos meios de comunicação característica do Brasil, mas vem se manifestando há anos em iniciativas do governo Lula, em projetos com o da Ancinav, que pretendia criar uma agência de regulação do setor audiovisual, considerado “autoritário, burocratizante, concentracionista e estatizante” pelos palestrantes do Fórum, e do Conselho Federal de Jornalistas, que tinha como prerrogativa fiscalizar o exercício da profissão no país.

“Se o CFJ tivesse vingado, o governo deteria o controle absoluto de uma atividade cuja liberdade está garantida na Constituição Federal. O veneno antidemocrático era forte demais. Mas o governo não desiste. Tanto que em novembro, o Diretório Nacional do PT aprovou propostas para a Conferência Nacional de Comunicação defendendo mecanismos de controle público e sanções à imprensa”, avalia o articulista do Estadão e conhecido membro da Opus Dei, Carlos Alberto Di Franco.

“Tínhamos um partido que passou 20 anos fazendo guerra de valores, sabotando tentativas, atrapalhadas ou não, de estabilização, e que chegou em 2002 com chances de vencer as eleições. E todos os setores acreditaram que eles não queriam fazer o socialismo. Eles nos ofereceram estabilidade e por isso aceitamos tudo”, lamenta Reinaldo Azevedo, colunista da revista Veja, que faz questão de assumir que Fernando Henrique Cardoso está à sua esquerda e para quem o DEM não defende os verdadeiros valores de direita. “A guerra da democracia do lado de cá esta sendo perdida”, disse, num momento de desespero.

O deputado petista Antonio Palocci, convidado do evento, até tentou tranqüilizar os participantes, dizendo que não vê no horizonte nenhum risco à liberdade de expressão no Brasil e que o Presidente Lula respeita e defende a liberdade de imprensa. O ministro Hélio Costa, velho amigo e conhecido dos donos da mídia, também. “Durante os procedimentos que levaram à Conferência de Comunicação, o governo foi unânime ao dizer que em hipótese alguma aceitaria uma discussão sobre o controle social da mídia. Isso não será permitido discutir, do ponto de vista governamental, porque consideramos absolutamente intocável”, garantiu.

Mas não adiantou. Nesta análise criteriosa sobre o Partido dos Trabalhadores, houve quem teorizasse até sobre os malefícios da militância partidária. Roberto Romano, convidado para falar em uma mesa sobre Estado Democrático de Direito, foi categórico ao atacar a prática política e apresentar elementos para a teoria da conspiração que ali se construía, defendendo a necessidade de surgimento de um partido de direita no país para quebrar o monopólio progressivo da esquerda.

“O partido de militantes é um partido de corrosão de caráter. Você não tem mais, por exemplo, juiz ou jornalista; tem um militante que responde ao seu dirigente partidário (...) Há uma cultura da militância por baixo, que faz com que essas pessoas militem nos órgãos públicos. E a escolha do militante vai até a morte. (...) Você tem grupos políticos nas redações que se dão ao direito de fazer censura. Não é por acaso que o PT tem uma massa de pessoas que considera toda a imprensa burguesa como criminosa e mentirosa”, explica.

O “risco Dilma”

Convictos da imposição pelo presente governo de uma visão de mundo hegemônica e de um único conjunto de valores, que estaria lentamente sedimentando-se no país pelas ações do Presidente Lula, os debatedores do Fórum Democracia e Liberdade de Expressão apresentaram aos cerca de 180 presentes e aos internautas que acompanharam o evento pela rede mundial de computadores os riscos de uma eventual eleição de Dilma Rousseff. A análise é simples: ao contrário de Lula, que possui uma “autonomia bonapartista” em relação ao PT, a sustentação de Dilma depende fundamentalmente do Partido dos Trabalhadores. E isso, por si só, já representa um perigo para a democracia e a liberdade de expressão no Brasil.

“O que está na cabeça de quem pode assumir em definitivo o poder no país é um patrimonialismo de Estado. Lula, com seu temperamento conciliador, teve o mérito real de manter os bolcheviques e jacobinos fora do poder. Mas conheço a cabeça de comunistas, fui do PC, e isso não muda, é feito pedra. O perigo é que a cabeça deste novo patrimonialismo de estado acha que a sociedade não merece confiança. Se sentem realmente superiores a nós, donos de uma linha justa, com direito de dominar e corrigir a sociedade segundo seus direitos ideológicos”, afirma o cineasta e comentarista da Rede Globo, Arnaldo Jabor. “Minha preocupação é que se o próximo governo for da Dilma, será uma infiltração infinitas de formigas neste país. Quem vai mandar no país é o Zé Dirceu e o Vaccarezza. A questão é como impedir politicamente o pensamento de uma velha esquerda que não deveria mais existir no mundo”, alerta Jabor.

Para Denis Rosenfield, ao contrário de Lula, que ganhou as eleições fazendo um movimento para o centro do espectro político, Dilma e o PT radicalizaram o discurso por intermédio do debate de idéias em torno do Programa Nacional de Direitos Humanos 3, lançado pelo governo no final do ano passado. “Observamos no Brasil tendências cada vez maiores de cerceamento da liberdade de expressão. Além do CFJ e da Ancinav, tem a Conferência Nacional de Comunicação, o PNDH-3 e a Conferência de Cultura. Então o projeto é claro. Só não vê coerência quem não quer”, afirma. “Se muitas das intenções do PT não foram realizadas não foi por ausência de vontades, mas por ausência de condições, sobretudo porque a mídia é atuante”, admite.

Hora de reagir

E foi essa atuação consistente que o Instituto Millenium cobrou da imprensa brasileira. Sair da abstração literária e partir para o ataque.
“Se o Serra ganhasse, faríamos uma festa em termos das liberdades. Seria ruim para os fumantes, mas mudaria muito em relação à liberdade de expressão. Mas a perspectiva é que a Dilma vença”, alertou Demétrio Magnoli.

“Então o perigo maior que nos ronda é ficar abstratos enquanto os outros são objetivos e obstinados, furando nossa resistência. A classe, o grupo e as pessoas ligadas à imprensa têm que ter uma atitude ofensiva e não defensiva. Temos que combater os indícios, que estão todos aí. O mundo hoje é de muita liberdade de expressão, inclusive tecnológica, e isso provoca revolta nos velhos esquerdistas. Por isso tem que haver um trabalho a priori contra isso, uma atitude de precaução. Senão isso se esvai. Nossa atitude tem que ser agressiva”, disse Jabor, convocando os presentes para a guerra ideológica.

“Na hora em que a imprensa decidir e passar a defender os valores que são da democracia, da economia de mercado e do individualismo, e que não se vai dar trela para quem quer a solapar, começaremos a mudar uma certa cultura”, prevê Reinaldo Azevedo.

Um último conselho foi dado aos veículos de imprensa: assumam publicamente a candidatura que vão apoiar. Espera-se que ao menos esta recomendação seja seguida, para que a posição da grande mídia não seja conhecida apenas por aqueles que puderam pagar R$ 500,00 pela oficina de campanha eleitoral dada nesta segunda-feira.

terça-feira, 2 de março de 2010

Contramaré de Ubatuba

O CAOS DA SAÚDE

O Prefeito Eduardo Cesar, tem a ombridade de dizer no Jornal Imprensa
Livre, fazendo um balanço de seu governo que a saúde de Ubatuba vai
bem.

Em 08/2007, o Elias Penteado Leopoldo Guerra já chamava a atenção para
a gravíssima situação e que a saúde pública estava muito longe de ser
a adequada às necessidades da população. Pedia o afastamento urgente
de toda a Diretoria da Santa Casa. Alertava a população que, mesmo
cansada de ser manipulada e manobrada, deveria participar mais
ativamente da política do município, exercendo a sua cidadania e
fazendo valer a Constituição quando estabelece que todo o poder
emana, se origina e parte do povo.

De lá para os dias atuais, não se seguiu as deliberações da
Conferencia Municipal de Saúde, aproveitando a omissão do autoritário
presidente do COMUS e inibindo o papel da oposição fiscalizadora que
queria que a saúde funcionasse de fato.

A ultima eleição teve um resultado confuso pois quem se elegeu não
assumiu até hoje. Desconfia-se de que fizeram outra eleição na calada
da noite sem que ninguém soubesse.

Enquanto isso, as mães é quem sofrem com a perda de seus filhos. É o
caso de Ana Paula que perdeu seu filho por suposta negligencia médica
no Posto do Ipiranguinha, em 2008. É o caso de Dona Zelma Landi que
perdeu o seu filho Mauricio Mungioli, no ultimo dia 13/02/10, também
constatado negligência médica. A ultima epidemia de dengue revela a
omissão deste governo. O Deputado Clodovil Hernandes já falava e pedia
à Câmara para fiscalizar uma emenda parlamentar de R$ 3.000.000,00
(três milhões de reais) foi alvo de xingamentos pela turma do atual
prefeito. E como se não bastasse, perseguem as pessoas, usam a justiça
para ameaçar processar, levando a frente a política do errado ser o
certo, acobertando-os de razão, coisas que eles não tem, pois contra
fatos não há argumentos.

O Presidente do PT reuniu o Diretório do Partido e, aproveitando a
presença do Deputado Estadual Enio Tatto, que tem residência em nossa
cidade e estava por aqui no feriado de carnaval, notificou-o do
problema e ele adiantou que numa emergência o que poderia fazer é o
repasse de uma emenda no valor de R$ 50.000,00 para a Santa Casa e
depois encaminhar uma denúncia ao Ministério da Saúde.

Até quando vamos conviver com o descaso por parte daqueles que nos
governam. Onde estão os Vereadores que deveriam exercer de fato suas
funções? Existe a Câmara Municipal aqui em Ubatuba? Será que os
discursos vazios, a enganação, o marketing ilusório é a solução de
todos os problemas?

Acho que chegou a hora da oposição se organizar e tomar as rédeas da
situação e pressionar para que este governo trabalhe e faça a coisa
certa antes que seja tarde demais!

Gerson Florindo de Souza

Vice Presidente do PT, Sindicalista dos Bancários da CUT e membro da
ONG CIDADE & CIDADÃO.

Contramaré de Ubatuba.

Democracia é coisa séria

Rui Grilo
Lendo o texto “Democracia é a minha praia” do Sidney Borges, me senti estimulado a também declarar o meu voto e também explicar as razões.

Vou votar em Dilma porque concordo com o Sidney que precisamos de alternância e nunca tivemos uma mulher na presidência apesar de elas serem a maioria (para 100 mulheres há 96 homens).

Também sei que Dilma não governará sozinha, mas com propostas discutidas e nascidas das lutas dos movimentos sociais. Tomando como exemplo o Estatuto da Cidade, Lei no 10.257, de 10/07/2001, quem participou dos movimentos de moradia pode reconhecer nele as propostas dos seus participantes e técnicos transformadas em lei e, embora aprovada durante um governo tucano, surgiu e, apesar das resistências, vai lentamente orientando os planos diretores através da pressão popular . O mesmo ocorre com outras leis recentes e até algumas mais antigas.

Depois de quase quinhentos anos em que o poder foi exercido pelas classes dominantes, criando leis e um aparato burocrático que dificulta o acesso à igualdade de direitos de fato, o PT, um partido que nasceu das lutas populares e contra a ditadura alcança o poder legalmente através dos votos. No entanto, para conseguir a governabilidade é obrigado a negociar com aqueles que sempre tiveram privilégios e que se sentem ameaçados por essa nova força. Estes contam com todo o aparato legal e burocrático que construíram enquanto estavam no poder. E ainda contam com o apoio dos meios de comunicação de massa que estão sob seu controle. Assim, não há uma transformação como seria necessária para reduzir de maneira significativa a desigualdade social. Mas nesse curto espaço de tempo, comparando o governo FHC com o governo Lula, com todos os erros e atropelos, houve avanços significativos:

- 23 milhões de pessoas saíram da linha da pobreza; o salário mínimo passou de 78 para 210 dólares; a taxa de juros SELIC baixou de 27% para 8,75; o risco Brasil baixou de 2.700 para 200 pontos; o dólar baixou de R$ 3,00 para R$ 1,78; de devedores ao FMI passamos a credores; foram criadas 10 novas universidades federais e 214 escolas técnicas em diferentes regiões do país; o crédito popular passou de 14 para 34%; de 780 mil empregos novos saltou para 11 milhões.

Hoje, o Brasil é o 38º país do mundo em qualidade de vida, segundo um ranking com quase 200 países, publicado pela revista americana International Living e que leva em consideração nove itens – custo de vida, cultura e lazer, economia, ambiente, liberdade, saúde, infraestrutura, segurança e risco e clima.

Segundo informações da BBC Brasil, o Brasil também encabeça o ranking de combate à mudança climática publicado no dia 14/12 pela ONG Germanwatch e a rede Climate Action Network (CAN), organizações não governamentais europeias.

A terceira edição do relatório de acompanhamento, elaborado pelaPresidência da República e pela Organização das Nações Unidas (ONU), concluiu que, faltando sete anos para que os Objetivos doDesenvolvimento do Milênio (ODM) sejam alcançados, a taxa de pobrezaextrema no Brasil caiu de 28% para 16% da população e, a de pobreza,de 52% para 38%.

O programa Luz para Todos, do Governo Federal, alcançou a marca de 2 milhões e 235 mil ligações realizadas em todo o país até dezembro de 2009. A energia elétrica chegou gratuitamente para famílias que moram na área rural e tiraram 11,1 milhões de brasileiros da escuridão.

Após quase vinte anos de governo tucano no estado de São Paulo, os resultados do sistema educacional paulista são lamentáveis, como estampou a Folha de São Paulo do dia 27/12. O mesmo acontece com a segurança pública e outras áreas.

E o pior é que o Governo Serra vem boicotando a etapa estadual de todas as iniciativas de construção de políticas públicas com participação da população através das conferências nacionais temáticas, inclusive a de Educação, que só aconteceu devido ao apoio da UNDIME – União dos Dirigentes Municipais de Educação. A Conferência de Comunicação também só foi realizada devido ao apoio da Assembléia Legislativa e organizações da sociedade civil.

Assim, não basta ser sério para se fazer um bom governo; é necessário ter espírito de equipe e de cooperação, valorizando a experiência daqueles que vivem os problemas de cada área no cotidiano, pois ninguém dá conta sozinho de resolver os problemas de uma sociedade heterogênea, com enormes disparidades socioeconômicas e culturais e em constante mudança.

A atual política de privatização tem elevado os custos de serviços essenciais sem o necessário retorno à sociedade e, em alguns casos provocando tragédias como aconteceu com o metrô, em Pinheiros, e no rodoanel.

Para consolidar as conquistas do governo Lula, reduzindo as enormes disparidades sociais, acredito que muitos brasileiros compartilham comigo a certeza de que é necessário acreditar no partido que, apesar de todas as dificuldades, trouxe melhores condições de vida para aqueles que mais precisam.

Se Lula a escolheu para ser o seu braço direito e para dar encaminhamento aos principais problemas enfrentados pelo atual governo é porque reconhece nela sua competência e sabe que essa experiência muito contribuirá para a solução dos problemas e dos pontos críticos a serem trabalhados na nova gestão.
Rui Grilo
ragrilo@terra.com.br

Direitos humanos seletivos

Para quem pensa que a simples ideia de "Direitos humanos" é estranha à direita, vide a reação terrorista ao PNDH3, há exceções: cubanos e iranianos são seres humanos e têm direitos, o resto, incluindo você, não tem. Palestinos, iraquianos, hondurenhos e afegãos podem ser presos e mortos sem qualquer tipo de julgamento, sauditas nem sequer sabem o que é "Direito", bairros densamente povoados de Gaza podem ser bombardeados, incluindo hospitais e escolas, mas com cubanos e iranianos, ou qualquer outro adversário dos americanos e seus chimpanzés amestrados, ninguém mexe sem que o mundo venha abaixo. Os americanos prendem e EXECUTAM doentes mentais, igualzinho ao Tio Adolf: ninguém interessado. Israel pune pessoas por atos atribuídos, nem sequer provados, a parentes deles. Imagine você ter sua casa destruída e perder tudo que conquistou numa vida de trabalho porque um parente seu cometeu um crime! Israel pode e Israel faz: ninguém interessado. Brasileiros são mortos como moscas de tempos em tempos sem que nenhum mandante ou assassino jamais tenha sido preso ou sequer perdido o mandato. Tudo muito bom. Um cubano morreu: óóóóó!!!!!!!

Quanta hipocrisia dessa gente de direitos humanos seletivos. Atacam Cuba para atingir Lula

A greve de fome de pessoa que cumpre pena em presídio é uma arma de desobediência e um desafio às determinações do Estado que pode assumir caráter político ou de reivindicação por melhores condições carcerárias. Manifestação de vontade individual ou coletiva, deve ser respeitada e criteriosamente avaliada. Ao tomar, conscientemente, a grave decisão de iniciar a greve de fome o preso sabe - e é informado - que a conseqüência pode ser fatal.

Alguns entregam sua vida por um ideal mais nobre. Esses contam com defensores de fora da prisão que pressionam as autoridades a fim de que o objetivo da greve de fome seja alcançado. Outros priorizam sua própria vida e ainda assim esperam ver acatadas suas exigências. Quando ocorre a morte, os verdadeiros humanistas se condoem.

Contudo, a reação que se leu, viu e ouviu nesses dias a respeito do caso do cubano Orlando Zapata Tamayo passa longe da natural comiseração. O cadáver de Zapata é agora exibido como um troféu coletivo. Os grandes meios de comunicação já vinham antecipando o desenlace com intenções pouco dissimuladas de utilização com premeditados fins políticos.

Zapata não fazia parte dos chamados dissidentes que foram julgados em março de 2003, não era um dos 75. Tinha um longo histórico delitivo comum, nada vinculado à política. Transformado depois de muitas idas e vindas à prisão em ativista político, era um homem prescindível para os opositores da Revolução.

Cumpria uma sentença de privação de liberdade de 25 anos depois de ter sido inicialmente sentenciado em 2004 a três anos por desordem pública, desacato e resistência. Vinculou-se aos dissidentes após contactos com Oswaldo Payá e Marta Beatriz Roque. Declarou-se em greve de fome em 18 de dezembro. Apesar de se negar a tanto, recebeu, de acordo com o que estabelece o Tratado de Malta, a assistência médica necessária, inclusive terapia intermédia e intensiva e alimentação voluntária por via parenteral endovenosa e enteral. Transferido para um hospital geral foi-lhe diagnosticado pneumonia, tratada com os procedimentos mais avançados. Ao ter comprometido ambos os pulmões, foi assistido com respiração artificial até que ocorreu o óbito.

Vou à história, curioso em saber como a grande imprensa cobriu greves de fome de presos que terminaram ou não em morte e como selecionam os direitos humanos.

Ao assumir o governo inglês em 1979, Margareth Thatcher deflagrou uma ofensiva militar e política contra os movimentos pela libertação da Irlanda do Norte. A virulenta tentativa de criminalização do republicanismo irlandês passava pela supressão de qualquer diferença entre o tratamento dispensado, nos cárceres, aos soldados do Exército Republicano Irlandês (IRA), do Exército de Libertação Nacional Irlandês (INLA) e a criminosos comuns. Em resposta, combatentes irlandeses encerrados nos blocos H da prisão de Maze, deflagram em 1º de março de 81 uma greve de fome. Suas reivindicações: não usar uniformes de presidiário; não realizar trabalhos forçados; liberdade de associação e organização de atividades culturais e educativas; direito a uma carta, uma visita e um pacote por semana; e que os dias de protesto não fossem descontados quando do cômputo do cumprimento da pena. Recusando-se a ser tratados como criminosos, defendiam, a um só tempo, sua dignidade pessoal e a legitimidade da luta pela libertação de seu país. A um custo inimaginavelmente alto - onze homens morreram de inanição após longa agonia de 63 dias - os grevistas conseguiram uma vitória moral, ao fazer com que os ingleses retrocedessem quanto ao regime carcerário poucos meses após o fim do movimento; e uma vitória política, ao frustrar os planos de Thatcher de expor os que lutavam pela liberdade da Irlanda como criminosos aos olhos do mundo. O funeral de Bobby Sands, o líder do movimento, foi assistido por mais de 100 mil pessoas.

Thatcher, insensível, fez ouvidos moucos aos apelos. Teria o Estadão, a Folha ou o Globo ou El Pais, The New York Times, Die Welt, Le Fígaro, Clarin, estampado em sua manchete principal acusando Thatcher de homicida? Evidentemente, não!

Em meio século, nada mudou na Turquia, onde os presos políticos continuam fazendo greve de fome, não pela liberdade, como Nazim Hikmet, mas para recuperar a dignidade. Nazim Hikmet, o grande poeta turco, a quem a escritora Charlotte |Kan chamou de “o comunista romântico”. condenado a uma pena pesada, em um longo processo construído nos mínimos detalhes, estava preso em Bursa, fazia doze anos, quando começou uma greve de fome para recuperar a liberdade. E ainda teve forças suficientes para escrever o poema “O quinto dia de uma greve de fome”, dedicado a seus amigos franceses que lutavam por sua libertação. Acaso os editoriais da nossa imprensa acusaram os governantes turcos de perpetradores de um crime continuado? Nem pensar.

Na base militar de Guantanamo, aqueles que as autoridades norte-americanas chamam de “combatentes inimigos” fizeram, entre fevereiro de 2002 e fim de setembro de 2005, seis tentativas conhecidas - e talvez centenas ignoradas - de desafiar seus carcereiros do Pentágono com greves de fome. Alguém leu ou ouviu acusações a Obama de violador dos direitos humanos elementares por não ter cumprido a promessa de encerrar esse centro de tortura e humilhação?

Recentemente, a aviação norte-americana dizimou, no espaço de dias, famílias de cidadãos afegãos, a maioria mulheres e crianças. A mídia abriu espaço para o pedido de desculpas dos generais e nem um milímetro para acusá-los e a Washington de estar perpetrando uma política de terrorismo de Estado e de violação da Convenção de Genebra.

Passaportes britânicos de cidadãos israelenses de dupla nacionalidade foram utilizados pelo serviço secreto do Mossad para executar extrajudicialmente em Dubai o líder do Hamas, Mahmoud AL-Mabhouh. Por acaso, a mídia abriu suas colunas para acusar o governo Netanyhau de criminoso e fora-de-lei?

Na confrontação dos Estados Unidos e Cuba, ao largo de mais de meio século, milhares de cubanos foram vítimas de atos de terrorismo arquitetados em solo norte-americano com pleno conhecimento da Casa Branca, incluindo diplomatas assassinados no exterior. Quando Havana se dispôs a tomar medidas de inteligência para prevenir esses ataques, cinco de seus concidadãos foram presos e condenados, em processo totalmente viciado levado a cabo em Miami, a penas draconianas que chegaram a duas prisões perpétuas mais 15 anos para um deles. Jamais a mídia internacional e a nossa mídia trataram do assunto.

Os ataques virulentos a Cuba por parte da direita, das oligarquias, dos setores reacionários e dos segmentos conservadores e seus porta-vozes não são novidade. Não se conformam de a Revolução Cubana ter resistido sozinha, graças à firmeza de sua liderança e apoio valente de seu povo, à opressão e aos desígnios do Império. Nenhum outro governo da região a apoiou. Hoje diversos governos da região a apóiam. A solidariedade, simpatia e defesa da gente simples e dos progressistas em todo o mundo nunca faltou.

A visita de Lula a Havana coincidiu com a morte de Zapata. Nossa mídia rebaixou a assinatura de 10 acordos de cooperação entre os quais se destaca a modernização do porto de Mariel. No entanto, o criticou furiosamente pretendendo vinculá-lo ao desrespeito a direitos humanos. No fundo querem destruir sua imagem de grande líder nacional e internacional em proveito de seus interesses ideológicos permanentes e eleitorais de agora.

Lula soube se comportar como chefe de Estado. E pessoalmente foi leal aqueles que ao longo de décadas se constituiram numa referência de soberania, independência, auto-determinação mas também de dignidade, heroismo e solidariedade.

Max Altman é jornalista
Fonte: esquerdopata